Home
Islam
Pilares do Islam
Pilares da fé
Alcorão Sagrado
Oração
O Profeta Muhammad
A Mulher no Islam
A Família no Islam
Suna e Hadits
Muçulmanos
Funeral no Islam
Calendário Islâmico
Agenda CCIB
Dicionário
Cadastro
Links
Cursos
Contato
 

 

A Família no Islam

A Instituição da Família

A primeira e mais importante instituição da sociedade humana é a unidade da família. Uma família forma-se pela união do homem com a mulher, e este contacto cria uma nova geração, para logo desenvolver laços de parentesco e comunidade, que gradualmente evoluem para uma grande sociedade.
A família é a instituição através da qual uma geração prepara as gerações seguintes para o serviço da civilização humana e para o cumprimento das suas obrigações sociais com devoção, sinceridade e entusiasmo. Esta instituição não recruta apenas cadetes para a manutenção e o desenvolvimento da cultura humana, mas também protetores dela. Eles desejam honestamente que aqueles que os substituirão no futuro sejam ainda melhores.
A este respeito a família pode ser considerada, com justa razão, a fonte do progresso, do desenvolvimento, da prosperidade e da força da civilização humana na nossa terra. Dai que, no quadro dos problemas sociais, o Islam concede particular atenção aos relacionados com a família, e empenha-se em colocar esta importante unidade social nos alicerces mais saudáveis e mais duradouros.
Segundo o Islam, a forma correta de relação entre o homem e a mulher é o casamento, que é a relação em que eles assumem todas as responsabilidades sociais, e que tem por resultado a criação duma família. As práticas sexuais livres e o comportamento irresponsável não são considerados pelo Islam como meros divertimentos inocentes ou transgressões ordinárias, mas sim como atos que minam as próprias raízes da sociedade humana.
Por isso é que o Islam considera qualquer tipo de relação sexual extra-matrimonial como um pecado e uma proibição (haram), e o direito registra-o como crime. Duros castigos lhe são prescritos para que este comportamento anti-social não se generalize.
Ao mesmo tempo, o Islam tenta purificar e libertar a sociedade de todas as atividades que encorajem tais ações irresponsáveis ou que lhes fornecem oportunidades. Regulamentações de <<Purdah>>, proibição de os homens e as mulheres se misturarem livremente, restrições contra a música e os filmes obscenos e ações desanimadoras da divulgação da pornografia e das aberrações, tudo isso se destina a combater este perigo. O único objetivo é a proteção e a consolidação da instituição da família.
O Islam não considera esta forma desejável de contato social como apenas permitida, mas afirma-a e mantém-na como um ato bom e virtuoso, um ato de verdadeira devoção. Ele não se limita a olhar desfavoravelmente para o celibato de uma pessoa adulta, mas incita cada jovem a assumir, por sua vez, as responsabilidades sociais da vida matrimonial tal como os seus pais fizeram no tempo deles.
O Islam considera que o ascetismo e o celibato perpétuo não são nenhuma virtude, mas sim aberrações e desvios da verdadeira natureza do homem, e uma forma de revolta contra as disposições divinas. E também desaprova com insistência aqueles ritos, cerimônias ou restrições que tendem fazer do casamento um assunto difícil e aborrecido.
A intenção do Islam é facilitar o casamento e dificultar as relações extra-matrimoniais o mais possível na sociedade, e não ao contrário, como acontece na maioria das sociedades hoje em dia. O Islam legalizou as relações matrimoniais; eliminou todas as distinções de casta e comunidade e permitiu o casamento entre os muçulmanos; decidiu que o dote (mahar) fosse fixado a uma cifra acessível, e conveniente para os dois cônjuges; e dispensou, os dos sacerdotes e do registro obrigatório.
Em uma sociedade islâmica, o casamento é uma cerimônia tão simples, que pode ser feita em qualquer sitio, perante duas testemunhas, embora o essencial se fixe em não fazer segredo desta ação, na idéia de que a sociedade deve ter conhecimento da efetuação do matrimônio.
Dentro da família propriamente dita, o Islam destinou ao homem uma posição de autoridade, para manter a ordem e a disciplina na sua qualidade de chefe de família. A mulher deve colaborar e cooperar no bem-estar do lar; quanto às crianças, terão que se portar convenientemente com os pais. O Islam não favorece um sistema familiar desagregado, privado de qualquer autoridade, controlo e disciplina, em que ninguém é expressamente responsável pelo bom comportamento dos membros da família.
A disciplina só se pode manter através duma autoridade central, e segundo o Islam, a posição de pai de família é tal que o torna a pessoa mais conveniente para assumir esta responsabilidade. Mas isso não quer dizer que o homem tenha sido designado como o tirano e opressor da família, e que a mulher lhe tenha sido entregue como um bem mobiliário desamparado.
Segundo o Islam, o verdadeiro espírito da vida matrimonial é o amor, o entendimento e o respeito mútuo. Se à mulher se lhe exige obedecer ao marido, este tem que contribuir com o seu esforço para,o bem-estar da família, e tratar a mulher com amor, afeto e delicadeza.
O Islam consolida o laço matrimonial, mas pretende mantê-lo intacto só enquanto se basear no afeto, ou pelo menos enquanto existir a possibilidade de um convívio duradouro. Se esta possibilidade deixar de existir, o Islam confere aos cônjuges o direito ao divórcio; em determinadas circunstâncias, em que a vida matrimonial se torne fonte de miséria e dissabores, os tribunais islâmicos são autorizados a anularem o casamento.

Fonte: http://www.islam.org.br/a_instituicao_da_familia.htm

O Casamento no Islam: Considerado de um Ponto-de-Vista Legal

Do ponto-de-vista legal o Islam vê o casamento como um ‘aqd’ ou um contrato.
Como qualquer outro contrato, o contrato de casamento requer total e livre consentimento das partes envolvidas. Os pais ou guardiões de qualquer das partes podem aconselhar, escolher um cônjuge ou usar persuasão, mas a decisão final deve ser resultado da livre escolha de cada cônjuge, mesmo que esta livre escolha consista de nada mais do que aceitar a escolha dos pais ou guardiões.

Este direito de escolha é razoavelmente bem reconhecido no caso dos homens mas (infelizmente) não no caso das mulheres.
No Sagrado Alcorão nós lemos: " não herde as mulheres contra a sua vontade " (4:19) e nos Hadiths nós encontramos tradições como as seguintes:
" Khansa bint Khidhan que teve uma união precedente, contou que quando seu pai a casou e ela desaprovou o ato, ela foi ao mensageiro de Allah (swt) e ele revogou sua união." (Bukhari, Ibn Majah)

"A [ menina que nunca foi casada ] veio ao mensageiro de Allah (swt) e mencionou que seu pai a tinha casado contra a vontade dela, e o profeta permitiu que ela exercesse sua escolha." (Abu Da'ud, na autoridade de Ibn ' Abbas).
Assim como todo adulto pode entrar em qualquer contrato legal, da mesma forma todo homem ou mulher adulto pode arranjar sua própria união, contanto que durante o processo não haja nenhum contato sexual, ou seja, não existe namoro no estilo norte-americano.

Sabe-se bem que Khadijah, a primeira esposa do profeta, arranjou sua própria união com o profeta. É verdade que isto aconteceu antes que sayyadna Muhammad (saws) (saws) recebesse a profecia. Mas se um arranjo por uma mulher de sua própria união fosse assim tão vergonhoso aos olhos de Allah (swt) como é aos olhos de alguns muçulmanos, Ele teria impedido de algum modo seu mensageiro de tal união.

Além disso, existem alguns ahadith que mostram que mesmo após ter recebido a profecia sayyadna Muhammad (saws) não desaprovou que as mulheres arranjassem sua própria união.
Nós citamos aqui um hadith: "Uma mulher veio ao mensageiro de Allah (swt) e ofereceu-se a ele (em casamento). Quando ficou por muito tempo (sem receber uma resposta) um homem levantou e disse: Mensageiro de Allah (swt)! Case-me com ela se não a quiser. Ele perguntou ao homem se ele tinha qualquer coisa a dar como dote (presente de casamento), e quando ele respondeu que não tinha nada além da roupa que estava usando, o profeta disse: Procure algo, mesmo que seja uma aliança de ferro.

A seguir quando o homem tinha procurado e não tinha encontrado nada, o mensageiro de Allah (swt) perguntou-lhe se ele conhecia qualquer coisa do Alcorão. Quando o homem respondeu que conhecia a Surata assim e assim e a Surata assim e assim, o mensageiro de Allah (swt) disse: Eu a dou em casamento.

Ensine a ela algo do Alcorão." (Bukhari e Muslim na autoridade de Sahl bin Sa’d).
Neste hadith uma mulher está arranjando sua própria união mas o profeta não a repreendeu ou advertiu de nenhuma forma. Embora possa não ser a melhor coisa para uma mulher fazer, ela pode se desejar, fazer uma proposta de casamento sem ser censurável aos olhos de Allah (swt).







© 2007 CCIB - todos os direitos reservados