Pilares
da Fé
São
6 os Pilrares da Fé
1.
Crença em Deus Único (Tauhid)
- Tauhid Rububiia (Unicidade do Senhorio de Deus)
- Tauhid Uluhiia (Unicidade na adoração)
- Tauhid Assifat (Unicidade dos atributos de Deus)
2.
Crença nos Anjos
- Conceito de Anjos no Islam
3.
Crença nos Livros Sagrados
- Torah
- Evangelho
- Páginas Apócrifas
- Alcorão Sagrado
4.
Crença nos Mensageiros e Profetas
- Mensageiros
- Profetas
5.Crença na Ressurreição e no Juízo
Final
- Conceito de Morte no Islam
- Al Berzakh (A espera entre a morte e o julgamento)
- Al Ba´th (A Ressurreição
6. Crença na Predestinação
- Al Qadr (A Predestinação)
A Crença
Islâmica
A
crença islâmica é clara, simples, indo ao
encontro da Fitra (significa o conhecimento e o estado que é
inato ao ser humano); é uma crença intermediária
entre o exagero daqueles que acabam criando outras divindades
que os aproximem de Allah e aqueles que negam a existência
de Allah; é uma crença que não aceita acréscimos
e nem que se retire algo dela; ela não aceita ser imposta,
devendo ser fruto de análise e da observação,
daí Allah em várias passagens do Alcorão
se dirigir às pessoas dizendo: "Acaso não raciocinam."
"Acaso não meditam." A crença no Islam
se resume em seis pilares que se complementam, o que significa
que aquele que nega um desses pilares não é muçulmano.
1 - A
crença em Deus:O Tauhid (a unicidade de Allah)
A
crença no tauhid é a coluna mestre da Fé
islâmica. Ela se divide em três partes, a primeira
é o tauhid ar-rububia(unicidade do Criador) que siginifica
acreditar que Deus criou, mantém e é o Senhor de
tudo e de todos; a segunda é o tauhid al-Uluhia(unicidade
da divindade), que expressa que Allah é o Único
a quem devemos adorar e a quem devemos dirigir nossas súlicas,
sem que haja intermediários entre os homens e Ele; e a
terceira é o tauhid al-Asmá ua Sifát(unicidade
dos nomes e atributos de Allah), que quer dizer que a Allah pertencem
todos os nomes e atributos da perfeição, por isso
devemos nos submeter totalmente a Ele. Diz Allah, o Altíssimo
"Dize: Ele é Allah, o Único! Allah! O Absoluto!
Jamais gerou ou foi gerado! E nada é comparável
a Ele!" (sura 112)
Esta crença representa a carta de alforria do homem em
relação a toda a sorte de humilhação,
pois ele entende que a única superioridade que existe é
a Allah e que conseqüentemente todas as criaturas são
iguais, por isso ele não deixará humilhar por ninguém
e não abaixará a cabeça para ninguém,
exceto para o Criador.
Foi essa conciência que fez com que um beduíno enviado
como um mensageiro ao imperador Pérsia dissesse ao ser
interrogado acerca do seu envio: "Eu vim para retirar as
pessoas da adoração às criaturas para a adoração
ao Senhor das criaturas."
a) Tauhid Rububiia - A crença
na soberania divina. Crer que Deus é o Criador, o Sustentor
e o Soberano de tudo o que se refere à criação,
bem como o Único que decide seu destino.
b) Tauhid Uluhiia -A crença
na divindade de Deus; ou seja, crer que Deus é o Único
a ser adorado, e tudo o que se adora além d'Ele, é
falso.
c) Tauhid Assifat -A crença
nos nomes e atríbutos de Deus, e que eles são completos
e perfeitos, e tais nomes devem ser corroborados pelo Alcorão,
ou pelas tradições do profeta Muhammad (que a paz
e as benções de Deus estejam com ele).
2
- A crença nos Anjos:
A
crença nos anjos é fruto da crença em Allah.
Os anjos são criaturas que executam as ordens de Allah.
são feitos de luz, possuem mãos, pés, asas;
eles não se cansam, não agridem, possuem poderes
e podem assumir a forma humana; eles nunca desobedecem a Allah
e são criaturas extremamente virtuosos; possuem ocupações,
e somente Allah sabe quantos existem.
Os anjos foram criados por Deus, O adoram e O obedecem. Deus os
encarregou com diferentes tarefas, como por exemplo: Jibraïl(Gabriel)
que é responsável por levar as mensagens de Deus
aos profetas, Mikaïl(Miguel) responsável pelas chuvas
e crescimento das plantas e Israfil que será o responsável
por soprar a trombeta no Dia da Ressurreição. Também
há o anjo da morte(Izraïl (Rafael)), que é
o encarregado de tirar a vida das criaturas há um tempo
infalível, fixo e determinado por Deus. Rafael também
tem muitos anjos a trabalharem sob sua supervisão, uns
que tiram a alma dos bons e outros que tiram alma dos maus.
3
- A crença nos Livros:
As mensagens divinas, reveladas por Allah aos mensageiros, estão
contidas em Livros. À medida que essas mensagens iam sendo
esquecidas ou deturpadas, Allah enviava novas mensagens. Dentre
estas encontramos o Torá de Moisés, os Salmos de
davi e o Evangelho de Jesus.
O último desses Livros é o Alcorão, que,
ao contrário dos outros, permanece inalterado, ou seja,
continua da mesma forma em que foi revelado ao Profeta Muhammad(SWAS).
Veja o que o pesquisador Maurice Bucaille diz a esse respeito:
"Uma autenticidade indiscutível dá ao texto
alcoránico um lugar à parte entre os Livros de revelação,
lugar que ele não divide nem com o antigo, nem com o novo
Testamento." Somente Allah conhece o número exato
de Livros revelados.
a) A Torá; revelada ao profeta Moisés, e é
o principal livro revelado ao povo de Israel.
b) O Evangelho; revelado a Jesus.
c) Os Salmos, dados a Davi.
d) O Nobre Alcorão; revelado ao profeta Muhammad (SWAS),
último dos profetas. Com ele, o Alcorão, Deus abrogou
todas as revelações anteriores, e se responsbilizou
pela preservação do mesmo, uma vez que servirá
também como prova irrefutável contra aqueles que
não creram n'Ele nem no Dia do Juízo Final.
4 - A crença
nos Mensageiros:
Allah
elegeu os humanos alguns a quem o anjo Gabriel deveria revelar
as mensagens, esses são os mensageiros. Somente Allah conhece
o seu número, mas no Alcorão são mencionados
vinte e cinco, dentre eles Abraão, Moisés, Jesus
e Muhammad( que a paz e a misericórdia de Allah estejam
com todos eles). Eles sentiam o que nós sentimos, ficavam
doentes como nós ficamos e morreram como nós também
iremos morrer um dia, enfim, eram de carne e osso. Nós
devemos acreditar em todos eles e nas suas missões. Dvemos
testemunhar que cumpriram e transmitiram tudo corretamente. Eles
eram pessoas de grande sabedoria. Diz Allah, o Altíssimo:
"Dizei: cremos em Allah, no que nos tem sido revelado, no
que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacob e
às (doze) tribos; no que foi concedido a Moisés
e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor; não
fazemos distinção alguma entre eles, porque somos,
para Ele, muçulmanos." (2: 136)
5-
A crença no Dia do Juízo Final:
Crer no dia do juízo final é crer que após
a morte seremos ressuscitados, e todos os nossos atos serão
julgados por aquele que nos criou. A justiça será
feita, e quem tiver seguido o caminho revelado por Allah terá
o paraíso como morada eterna, enquanto aquele que tiver
preferido seguir os seus desejos e caprichos terá o inferno
como morada eterna. Agora imaginemos o seguinte:
Suponhamos um feto no ventre materno. O único mundo que
ele conhece é aquele apertado, escuro e cheio de água.
Suponhamos ainda que ele possa ouvir e entender tudo o que a sua
mãe fala. Ela lhe explica que ele se encontra ali temporariamente,
e que passado um tempo ele sairá para um mundo enorme,
cheio de luz, cores, animais e pessoas adultas e idosas. ele não
será capaz de imaginar o mundo fora do útero como
descrito por sua mãe, visto essas imagens não fazerem
parte da sua realidade. Mas isso não significa que ele
não deva acreditar que esse mundo exista, pois a fonte
dessa notícia é uma pessoa de sua total confiança,
sua mãe. O mesmo acontece conosco. Não é
pelo fato de os nossos sentidos serem incapazes de assimilar essa
realidade (que é a existência de uma outra vida após
a morte) e de ela não pode ser vivenciada, que nós
devemos negar a sua existência, pois ela nos foi revelada
pelo nosso Criador e transmitida pelas pessoas mais sábias
e verdadeiras que Allah ja criou. Como disse Omar ibn abdel Aziz
(Omar bin Abdel-Aziz governou no período de 99 a 101 depois
da Hégira, na cidade de Medina.): "Nós fomos
criados para a eternidade e em verdade estamos nos mudando de
um lar para outro."
Mas há pessoas que, além de não acreditarem
nessa verdade transcendental, criam teorias a fim de ter algo
a que se apegar, pois a fitra e a razão se recusam a crer
que a existência acaba com a morte, como é o caso
da teoria da reencarnação. Dizem que o homem morre
e o seu espírito torna a viver em um outro corpo para alcançar
o grau máximo de desenvolvimento(o que acaba gerando um
ciclo interminável). e dependendo de como a pessoa tenha
se comportado na vida anterior, ela reencanará numa vida
de sofrimento(se tiver se comportado mal) ou numa vida feliz(se
tiver se comportado bem). Para essas pessoas, levanto as seguinte
questões:
a) como Allah, que tem como um dos seus atributos a justiça,
pode permitir que um corpo pague pelos pecados de um outro corpo,
e o que é pior, sem ter consciência disso?
b) Em que Livros revelados por Allah se encontram fundamentos
para essa teoria?
c) Se o quanto nós sofremos nessa vida está diretamente
relacionado ao quanto aprontamos na vida passada, então
como é que podemos seguir os mensageiros que foram as pessoas
que mais sofreram durante as sua vidas de pregação?
Afinal de contas, segundo essa teoria, eles foram os piores pessoas
na vida anterior, ou nas vidas anteriores. será que uma
só reencarnação é suficiente para
transformar esses espíritos inferiores em espíritos
elevados como eram os espíritos dos mensageiros?
d) A teoria da reencarnação pressupõe o seguinte:
existem cinco pessoas; elas morrem e reencarnam em outras cinco
pessoas. Isso denota uma estagnação, ou na pior
das hipóteses uma diminuação na população
do planeta. Então como explica o fato de a população
mundial estar crescendo numa proporção acelerada?
e) frequentemente se afirma que a reencarnação é
a solução para as questões de desigualdade
que assolam o homem. tentam através dela explicar o motivo
pelo qual pessoas nascem deformadas, ou com algum tipo de deficiência,
ou com alguma doença, ou o motivo que teria feito com que
pessoas normais se tornassem deficientes e ou adquirissem doenças
incuráveis. Mas o que explicará, então, as
deformações, as deficiências e as doenças
incuráveis que atingem também as plantas e os animais?
f) Por que as pessoas sempre dizem reencarnar pessoas nobres,
ou personagens da história com Napeleão, Cleópatra
e Júlio César e nunca dizem reencarnar um mendigo
leproso, escorraçado por todos? Aliás, vocês
já reparam quantas pessoas no mundo dizem reencarnar esses
personagens ao mesmo tempo? Quantos corpos para um único
espírito, hein?!
6
- A crença na Predestinação (destino):
Crer na predestinação é aceitar com convicção
que Allah é o Senhor de tudo e de todos e que Ele colocou
tudo no seu devido lugar, criando a felicidade e o sofrimento.
O tempo de vida de cada ser humano está nas mãos
de Allah.
O homem possui o livre-arbítrio. Ele tem o poder de escolha,
porém este poder não sai do círculo permitido
por Allah.
O homem deve se esforçar ao máximo para conseguir
o que deseja(de maneira lícita claro) e para mudar uma
situação, e não se acomodar e culpar o destino
por tudo. Algumas pessoas dizem que o livre-arbítrio não
combina com a crença no destino; para elas eu pergunto:
a) Foi você quem escolheu quando nascer, a que família
pertencer e as suas características físicas e psicológicas?
Certamente a resposta será um sonoro não.
b) Acaso é você que escolhe quando adoecer, quando
se curar e quando morrer? Novamente a resposta será não.
Viu, olha só o destino tomando parte da sua vida.
c) Quando você decide se casar, pode escolher a pessoa com
a qual deseja dividir a sua vida? Ou quando você necessita
de dinheiro pode optar por trabalhar em vez de roubar? Ou quando
você quer passar de ano na escola, pode escolher entre estudar
ou colar? A resposta é sim. Olha o livre-arbítrio
aí!
A predestinação, é crer que Deus criou Suas
criaturas, de acordo com Sua Sabedoria prévia e absoluta
antes de tudo acontecer. Tudo o que aqui está, já
estava em Sua Sabedoria antes de sê-lo, e escrita em Sua
Tábua Guardada. Logo, nada existiu, ou aconteceu sem Sua
vontade.
O Conceito Islâmico da Fé
A
base de qualquer religião é a fé, sem ela
o homem é como um carro sem volante, andando cegamente
sem objetivo, sobre o mar de dúvidas e confusões.
Ter fé no Islam é acreditar com convicção
na unicidade de Deus, Tauhid:
‘’La Ilaha Illal-Lahu Muhammad Rassulullah’’
‘’Não a divindade além de Deus e Muhammad
é seu Mensageiro.’’
A aceitação ou a recusa desta expressão produz
um mundo de diferença entro um homem e o outro; o crente
encontra o caminho reto, descobre a verdade, o sossego íntimo
e analisa tudo à luz da realidade Divina. O incrédulo
vagueia consecutivamente de uma ilusão para outra e afoga-se
nas trevas.
Para o crente está reservado o sucesso neste e no outro
Mundo e para o descrente a condenação; porém,
a força real deste Kalimah está na sua aceitação
consciente e completa aplicação na vida prática.
Enquanto não se souber o verdadeiro significado da Kalimah
e sua essência não for alcançada, não
se pode chegar à importância real e efetiva desta
doutrina.
Por exemplo, se um esfomeado ficar a repetir a palavra comida...,
não lhe encherá o estômago e nem o doente
poderá adquirir a saúde só por ficar a repetir
a palavra remédio...
Terá que fazer algo na prática, da mesma forma a
Kalimah não pode criar nenhuma mudança na vida de
alguém se apenas for meramente repetido sem convicção
e sem ser percebido o seu significado e sem ser praticado na letra
e no espírito.
Desde os tempos antigos e desde que é conhecida a história
do homem nota-se que em todas as eras o Homem tem reconhecido
uma deidade ou deidades e adorou-as; mesmo agora, cada nação
sobre a terra desde a mais primitiva a mais civilizada acredita
nisso e adora uma deidade. Isso demonstra que a idéia de
haver uma deidade e de adorá-la está no instinto
humano, há algo dentro do espírito humano que lhe
força a proceder assim.
Aceitar a unicidade de Deus é chamada; <<Fé>>
no Islam; a Fé no Islam é a base moral para todas
as ações e não é uma simples afirmação
dogmática, da salvação como é no Cristianismo.
O bem-estar do homem depende da fé acompanhada de boas
ações.
Assim, a fé é a crença firme, resultante
do conhecimento e convicção inabalável da
unicidade de Deus e Seus Atributos, quem assim acredita é
chamado de Mumin.
Esta fé guia o homem (é o volante) invariavelmente
à vida de obediência e submissão voluntária
perante as ordens de Deus. E quem vive a vida de submissão
é conhecido por Muslim ''muçulmano''.
Deus e
Sua Existência
É
verdade que historicamente, o ser humano sempre pensou num poder
sobrenatural existente além deste nosso mundo das mudanças.
Ele está constantemente a tentar não só encontrar
a origem de todo o Universo, mas, também um objeto para
a sua adoração.
A história da Humanidade é apenas uma série
desses esforços, algumas pessoas pensaram que este poder
podia ser encarnado em certos tipos de arvores, pedras, ouro,
ou no homem.
Houve pessoas que, pensavam que era o sol outras achavam que era
a lua ou outros astros, e ainda outras pensaram que eram os rios,
etc. Há ainda outros que dizem não haver Deus, mas
a natureza em si é o seu Deus.
Outros pensam que Deus deve ser um poder sobre-natural, que não
tem forma, nem semelhante, não é afetado pelas mudanças,
que é imortal e eterno. Está posição
é semelhante a do Islam.
Tudo isto é o resultado da posição a que
chegaram os psicólogos de que o ser humano tem um instinto
religioso. Por natureza ele acredita na existência de um
poder forte e grande que controla o Universo e sente que ele e
o resto da humanidade são dependentes d'Ele e sujeitos
a esse poder.
O Professor Max Fuller no seu ‘’Hibbert Lectures’’
diz:
‘’A religião não é uma invenção
nova. Se não é antiga como o mundo pelo menos é
antigo como o mundo que conhecemos. Nunca houve falso Deus nem
religião falsa a não ser que chames à criança
um homem falso. Daquilo que eu sei das religiões, todas
elas tinham o mesmo objetivo. Todas estavam ligadas a uma corrente
que liga o céu a terra e que, estava e continua, a ser
assegurada pela mesma mão. O próprio Platão
afirmou que: o conhecimento do verdadeiro Deus está implantado
por natureza em todas as almas e, o trabalho dos professores neste
campo não é ensinar o homem o que ele não
sabe, mas é remover os obstáculos e as sombras que
ocultam a verdade e o impedem de chegar até lá e
para lhe recordar do conhecimento que ele já tem.’’
Assim o homem por natureza pensa em Deus.
Alguns deles conseguem descobri-lo e outros não, daí
a tarefa dos Profetas foi de recordá-los, da Existência
de Deus; o Alcorão Sagrado menciona vários sinais
e de várias formas, chama a atenção do homem,
recordando-o a existência do verdadeiro Deus.
Todos nós sentimos a sua existência, porém
há quem o recusa alegando que não o vê, o
que não tem lógica, pois há coisas que nós
não vemos e estamos certos da sua existência como
é o caso da nossa própria alma, o juízo,
a energia, etc. Estas e outras coisas semelhantes não são
vistas, mas a sua existência é aceita unanimemente.
Realmente, nem tudo se conhece diretamente; há coisas que
conhecemo-las indiretamente, pois, os seus efeitos são
sentidos e conclui-se que existem.
Por exemplo, se carrego o peso que nenhum dos meus amigos o consegue,
então eu deduzo que só o faço por ser mais
forte que eles. Sente-se os raios do sol aqui na terra, então
deduzimos que deve existir algo que permite a chegada dos seus
raios aqui na terra, etc.
O nosso conhecimento a cerca de Deus também não
é diferente disso, pois Ele é conhecido pelos Seus
sinais e efeitos. Porque Ele é sutil, conhecemo-lo não
pelo nosso juízo diretamente, mais indiretamente, através
das Suas criações e efeitos. Razão pela qual
não podemos conhecê-Lo inteiramente, pois só
conhecemos os Seus atributos através da revelação,
é por isso que o ser humano precisa da revelação.
Nós podemos estabelecer através do argumento racional
a existência de Deus, mas a informação completa
e total sobre Deus, está fora do alcance humano, Deus não
pode ser descrito exceto mencionando algum dos seus atributos.
Bacon diz:
‘’Quando as ciências naturais são separadas
pouco a pouco elas dão a entender inicialmente que estão
remotas de Deus. Mas, quando são estudadas em pormenores
e examinadas profundamente, elas forçam-nos chegar ao conhecimento
da existência de Deus e na sua crença.’’
(Christian Belief and Scince)
A existência de Deus também pode ser provada por
intuição. O filósofo Francês Descretes
W. do século 16, na sua demonstração da existência
de Deus diz que:
‘’A existência de Deus é conhecida intuitivamente
e por depender da explicação intuitiva não
precisa de prova, nem de demonstração, basta só
revelá-la e desenrolá-la.’’
Ele diz ainda:
‘’Eu existo agora e sei que sou algo mudável,
eu não sou a causa da minha existência, senão
teria existido antes, eu não sou a causa das mudanças
que caiem sobre mim, se fosse assim, ter-me-ia mudado para a melhor
posição, eu não sustento a minha própria
existência, se fosse assim, poderia subsistir (durar) para
sempre. Os meus pais e os antepassados não causaram todos
estes acontecimentos em mim, porque eles ocupavam a mesma posição
que eu ocupo. Eu iniciei a minha vida na forma de uma criança
desamparada, cresci chegando à juventude e tornei-me homem
e depois ao declínio na forma de um velho. Não são
todos estes sentimentos e mudanças a caírem sobre,
um sinal de que sou um ser mortal cuja origem, deve ser imortal
e a alma eterna?’’ (Evolution theory and christian
belief - the unresolved conflict).
Will Herberg explica a existência de Deus de uma outra forma,
ele diz:
‘’Se a palavra a <<DEUS>> tem de ter alguma
relação aos nossos problemas temos que reconhecer
que Deus não é algo cuja existência pode ser
estabelecida por um simples expediente ao empurrar uma investigação
científica ou avançando um bocadinho mais com especulação
metafísica. A própria tentativa de fazer isso é
um erro e uma iniciativa ilusória, pois no fundo isso trata
de Deus como qualquer outro objeto do mundo, não corno
um objeto transcendente que não pode ser encerrado no material
de experiência; a mesma coisa pode ser dita sobre a tentativa
de deduzir Deus da história ou de dentro dos fundos da
consciência humana onde afinal refletem as nossas próprias
confusões e limitações. Deus cria e sustenta
toda a natureza.’’ (Will Herberg: Four Existentialist
Thinker's)
Não há dúvida que Deus existe, sentimos a
Sua existência, mas uma vez que está fora do nosso
alcance mental, descrevê-Lo, temos que nos basear nas revelações
Divinas onde o próprio Deus nos diz quais são as
Suas qualidades e atributos.
O Alcorão Sagrado por sua parte dá-nos provas da
existência de Deus, concentrado a maior parte dos seus argumentos
em 5 tópicos:
1º. Evidência (prova) da experiência
íntima da humanidade;
2º. Revelação Divina ao Homem;
3º. Modelo universal da moral humana;
4º. Doutrina da criação do Universo;
5º. Argumento cosmológico.
Colocando juntas todas essas evidências, o homem por mais
ateu que seja chegará à conclusão de que
existem bases razoáveis para se acreditar que há
uma personalidade e força através do Universo que
controla tudo isto, e essa personalidade é denominada <<Deus>>
pelos muçulmanos.
Assim, o muçulmano em primeiro lugar deduz a existência
de Deus de dentro de si próprio e da natureza em geral,
porque, Deus diz no Alcorão Sagrado:
‘’Na criação dos céus e da terra
e na alternância do dia e da noite há sinais para
os sensatos.’’ (Alcorão Sagrado 3:190)
E diz:
‘’E também (os há) em vós mesmos.
Não vedes, acaso?’’ (Alcorão Sagrado
51:21)
Não há dúvida que Deus existe, e é
Único, não há nada nem ninguém igual
a Ele nos seus Atributos e na sua Essência. O Islam não
lança, a mentalidade humana para aquilo que ela não
tem capacidade de perceber, o Islam está apenas a dirigir
a atenção do homem para os fatos, que ele próprio
pode descobrir se estiver seriamente interessado no uso do seu
poder de pensar. Há muitos versículos no Alcorão
Sagrado que nos dão provas positivas da existência
de Deus, o Único.
Diz Deus no Alcorão Sagrado:
‘’Porventura, não foram eles criados do nada,
ou são eles os criadores? Ou criaram, acaso, os céus
e a terra? Qual! Não se persuadirão!’’
(Alcorão Sagrado 52:35 e 36)
O Alcorão Sagrado explica que para todas as coisas assim
como para o Homem, que tem início no tempo, só há
três possibilidades para a sua existência.
Três maneiras de explicar como isso apareceu:
1º- Aparecer a partir do nada;
2º- Ser criador de si próprio;
3º- Ter um criador fora de si próprio.
A terceira possibilidade não está mencionada no
versículo acima citado, mas deduz-se, uma vez que o versículo
foi dirigido, às pessoas que recusavam, a existência
do Criador, e diz-lhes que se não, existe um Criador então
só restam aquelas duas possibilidades.
1º- Ter sido criado do nada, isto é, ter aparecido
sozinho ou ser criador de si próprio... É inconcebível
algo aparecer a partir do nada.
Achamos oportuno mencionar aqui um debate ocorrido entre o Imam
Abu Hanifa o um ateu que dizia que tudo apareceu sozinho.
O tópico do debate era ‘’provar a existência
do Criador’’.
Marcada a hora é o local, muita gente se juntou para assistir
o debate. O ateu apareceu à hora marcada, porém
o Imam atrasou-se. O ateu furioso com a demora do Imam quis saber
qual tinha sido o motivo do atraso. O Imam justificou-se dizendo:
Eu vivo na outra margem do rio. Estava lá a espera do transporte
a fim de aqui chegar, contudo não apareceu nenhum. Entretanto
para o meu espanto, vi árvores da margem do rio a cortarem-se
sozinhas e a transformarem-se em barrotes que se juntaram sozinhos
e pregos apareceram a pregarem-se sozinhos nos barrotes transformando-se
num barco.
Em tão pouco tempo o barco estava pronto e sozinho começou
a movimentar-se na minha direção, tendo parado à
minha frente. Entrei nele, sem ninguém o pilotar começou
a andar, até que cheguei a este lado do rio e só
assim foi possível eu chegar até aqui.
O ateu, furioso disse: Vens atrasado e ainda, contas historias
que nem urna criança aceita, como é que os barrotes
sozinhos transformaram-se em barco? Isso é uma loucura,
é impossível!
O Imam retorquiu: Ora se isso é impossível como
é que este Universo tão grande, com toda a sua perfeição,
sozinhos, sem que ninguém o causasse, tornou-se num Universo?
Assim, o nosso debate já terminou.
Tijolos, cimento e água não podem juntar-se sozinhos
transformando-se em casa e nenhuma outra coisa no mundo pode transformar-se
naquilo que ela é sozinha. Tem de haver alguém para
o fazer. Como é que este mundo e nós todos aparecemos
sozinhos? Isto não tem lógica.
2º- É ainda mais inconcebível que seja criador
de si próprio. Se a pessoa fosse criadora de si própria,
teria opção na escolha do seu sexo, cor, estatura,
etc... Mas é sabido que isso não está no
seu poder e mesmo agora, depois de criado não tem poder
criativo sobre si próprio, por exemplo: A função
do seu sistema digestivo, coração os órgãos
todos, não estão no seu poder, não pode evitar
a queda dos cabelos, dentes, velhice, fraqueza e a morte, etc...
Portanto a única conclusão é que deve haver
um Criador. E, esse Criador é Deus, que cria e controla
tudo.
Uma vez provado que tudo foi criado por Deus, a Ele temos que
adorar exclusivamente e somente a Ele servir e é isso que
se chama Tauhid.
At-Tauhid:
Crença na Unicidade de Deus
‘’Dize: Ele é Deus, o Único! Deus! O
Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é
comparável a Ele!’’ (Alcorão Sagrado
112: 1 ao 4)
Nos termos da Chari'ah, Tauhid significa crer no seu íntimo
na unicidade de Deus, na Sua pessoa (Zát) e nos Seus Atributos
(Sifa'ts) sendo necessário declarar verbalmente o Kalimah
de Tauhid. A crença no Tauhid é lógica e
natural, pois se houvesse outros deuses, ou parceiros de Deus
nos Seus Atributos, haveria então uma grande confusão
e desordem no universo. Pois, dois reis não podem governar
simultaneamente no mesmo reino, Deus diz no Alcorão Sagrado:
‘’Se houvesse nos céus e na terra outras divindades
além de Deus, (ambos) já se teriam desordenado.
Glorificado seja Deus, Senhor do Trono, de tudo quanto Lhe atribuem!’’
(Alcorão Sagrado 21:22)
Se existissem dois deuses, as, confusões, diferenças
e conflitos seriam, inevitáveis, isto é, um poderia
desejar manter uma pessoa viva e o outro desejasse matá-lo
e obviamente a pessoa não poderia estar ao mesmo tempo
viva e morta. Assim sendo, se a pessoa morresse, o deus que lhe
queria dar vida perderia, se ela vivesse, o deus que lhe quer
matar perderia, e perder é sinal de impotência, e
um impotente não pode ser Deus.
Deus está livre de todas as fraquezas e defeitos. A Sociedade
(associação) é uma grande fraqueza especialmente
nos assuntos relacionados com governo. Deus é o Criador
e tem o total controle e poder acima da criatura.
Portanto, para ser Muçulmano é necessário
acreditar na unicidade de Deus, sendo Ele o Único, o Criador,
o Sustentador e o Nutridor, isso se chama; Tauhid Ar-Rubu-Bíyah.
Contudo, isso não é suficiente para fazer de alguém
muçulmano, porque no tempo do Profeta Muhammad (SWAS),
embora a maioria fosse ateu, havia pessoas que acreditavam em
Deus como Único Criador e Nutridor, mas, isto não
fez com que eles fossem considerados Muçulmanos.
Por isso, que como no, Tauhid Ar-Rubu-Biyah, deve também
se acreditar no; Tauhid-Al-Uluhiya, isto é, aceitar o fato
de que só Deus merece ser adorado, e evitar sob qualquer
forma associar a Ele, outros na adoração.
No Alcorão Sagrado o argumento de Tauhid-AI-Uluhiya está
baseado no Tauhid-Ar-Rubu-Biyah.
Portanto se é Deus que cria e controla tudo, então
porque é que os humanos adoram outros fora Dele?
Diz Deus no Alcorão Sagrado:
‘’Ó humanos, adorai o vosso Senhor, Que vos
criou, bem como aos vossos antepassados, quiçá assim
tornar-vos-íeis virtuosos. Ele fez-vos da terra um leito,
e do céu um teto, e envia do céu a água,
com a qual faz brotar os frutos para o vosso sustento. Não
atribuais rivais a Deus, conscientemente.’’ (Alcorão
Sagrado 2:21 e 22)
Allah é o nome próprio e o mais correto do único
ser Divino. Não tem nem plural nem feminino. Enquanto a
palavra Deus tem plural e feminino. Allah é o nome semítico
para Divino, assim como em qualquer língua existe um nome
especifico para denominar esse Único ser que reside dentro
de todos nós cuja presença sentimos.
Em Latim é Deus, em Inglês é God, em Persa
é Khuda, em Hindi é Deva, em Grego Odeos, e assim
sucessivamente, mas isto não significa que God é
o Deus dos Ingleses, nem que Dieu é o Deus dos Franceses.
Deus no Alcorão Sagrado ordena aos muçulmanos para
dizerem aos outros:
‘’Cremos no que nos foi revelado, assim como no que
vos foi revelado antes; nosso Deus e o vosso são Um e a
Ele nos submetemos.’’ (Alcorão Sagrado 29:46)
A crença na unicidade e soberania de Deus liberta a pessoa
de todos os medos e superstições ao tomá-la
consciente da presença de Deus e das obrigações
para com Ele. A crença num Deus exige que olhemos para
toda a humanidade como uma única família, independentemente
da sua cor, classe, raça ou território, sendo todos
nós criaturas do mesmo Deus. O Islam rejeita a idéia
da existência do Povo Escolhido, à base de raça,
cor, classe ou território, fazendo da fé em Deus
e as boas ações, o único caminho ao paraíso,
estabelecendo assim uma relação direta com Deus,
aberta a todos sem intermediários.
Para ser muçulmano basta confessar com sinceridade e convicção,
o Kalimah:
Lá iláha illa-lah Muhammadu Rassulullah.
Não se deve dizer ‘’converteu-se’’
a respeito da pessoa que entrou no Islam, mas sim, reverteu-se,
isto é, voltou às origens (à religião
universal) porque o Profeta Muhammad (SWAS), disse:
‘’Toda a criança nasce muçulmana (submissa
a Deus), porém os seus pais arrastam-na para a sua religião,
fora do Islam.''
O Alcorão Sagrado também confirma isso. Mas quem
deixa o Islam e entra em outra religião, esse sim pode-se
dizer a seu respeito que se converteu, para tal religião,
porque mudou a sua origem.
O Alcorão Sagrado denominou de Muçulmanos; os que
se submeteram voluntariamente perante as ordens de Deus, por conseguinte
devemos recusar sermos chamados por <<Maometanos>>
ou <<Muhammadismo>>; um nome inventado pelos ocidentais
para dar a entender aos menos esclarecidos que adoramos a Muhammad;
‘’Maomé’’ em semelhança
a outras religiões as quais adotaram o nome de seus fundadores.
Os muçulmanos acreditam na unidade de Deus e consideram
a divindade de Jesus (que a Paz esteja sobre ele), por parte de
algumas pessoas uma reversão ao Politeísmo. O Alcorão
Sagrado diz que Jesus (que a Paz esteja sobre ele), não
era uma encarnação de Deus, mas sim seu Mensageiro
e em semelhança a outros Profetas, um ser humano.
O Islam também rejeita a doutrina de que Jesus é
filho de Deus, todos somos criaturas de Deus, A expressão
<<Filho de Deus>> foi utilizada na Bíblia para
outros Profetas e também para os crentes em geral, contudo
não sabemos porquê os cristãos aplicam este
termo na forma literal e, exclusiva somente para Jesus (que a
Paz esteja sobre ele). Talvez porque o seu nascimento foi milagroso,
sem um pai, se é esse o motivo, então Adão
(que a Paz esteja sobre ele) também deveria ser considerado
filho Deus, pois nasceu sem um pai e sem mãe.
Por exemplo, o Profeta Daud (David) (que a Paz esteja sobre ele),
recebeu este título muito antes de Jesus(que a Paz esteja
sobre ele):
‘’Divulgarei o decreto do Senhor. Ele disse-me: Tu
és meu Filho, hoje mesmo te gerei.’’ (Salmos
2:7)
Da mesma forma, Israel e Salomão (que a Paz esteja sobre
eles); foram chamados de Filho de Deus:
‘’Assim fala o Senhor: Meu filho primogênito
é Israel’’ (Êxodo 4:22)
‘’’Será ele a construir uma Casa a meu
nome. Ele será para mim um filho, e serei para ele um pai
e firmarei para sempre o trono de sua realeza sobre Israel’’
( I Crônicas 22:10)
Jesus (que a Paz esteja sobre ele) disse que todo o Homem piedoso
era Filho de Deus.’Eu porém digo-vos. Amai os vossos
inimigos e orai pelos que vos perseguem. Fazendo assim, tornar-vos-eis
Filhos do Vosso Pai que está nos céus.’’(Mateus
5:44 e 45)
E disse:
‘’Bem aventurados os pacificadores, porque serão
chamados Filhos de Deus.’’ (Mateus 5:9)
O Islam rejeita o dogma do pecado original e da expiação
que faz parte de algumas doutrinas para a salvação
e considera toda a criança que nasce, pura sem pecados
e inocente.
O Islam diz que o pecado não é herdado, é
algo que cada ser humano adquire para si próprio ao praticar
o que não devia. Raciocinando bem, seria de fato uma grande
injustiça condenar toda a raça humana pelos pecados
cometidos a milhares de anos, pelos primeiros Pais.
O Pecado é uma transgressão voluntária e
consciente das leis de Deus ou das leis do bem e do mal. A sua
responsabilidade recai somente sobre a pessoa que cometeu e, não
sobre os seus filhos. Jesus (que a Paz esteja sobre ele) disse
que o único caminho para a salvação era cumprir
os mandamentos, como consta em Marcos:
‘’E Pondo-se a caminho, correu para elo, um homem
o qual se ajoelhou diante dele e lhe perguntou: Bom Mestre, que
farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe disse: Porque me
chamas bom? Não há bom senão um só,
que é Deus. Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás,
não matarás, não furtarás, não
dirás falsos testemunhos, não defraudarás
alguém; Honra a teu pai e a, tua mãe.’’
(Marcos 10:17 ao 19)
Portanto para entrar na vida eterna deve-se guardar os mandamentos.
Os Muçulmanos também não acreditam na trindade,
isto é, três pessoas na divindade: Pai, Filho (Jesus)
e Espírito Santo. Pois Jesus (que a Paz esteja sobre ele)
nasceu de Maria, e a sua necessidade pela comida é bebida
são indicações claras de que era humano e
não Deus e nem filho de Deus. Ele era sim, um dos grandes
mensageiros de Deus, os que acreditam na sua divindade são
mushrik's porque atribuem parceiros a Deus, diz Deus no Alcorão
Sagrado:
‘’São blasfemos aqueles que dizem: Deus é
um da Trindade!, portanto não existe divindade alguma além
do Deus Único.’’ Alcorão Sagrado 5:73)
Existem na Índia, no Iran, os Zoroastras (adoradores do
fogo) (Majuss). A crença deles está em conflito
direto com Tauhid, eles acreditam em um duplo poder, sendo um
o Iazdan, o criador do bem e outro Ahraman, criador do mal. Eles
acreditam que o trabalho de Iazdan é criar e o de Ahraman
é destruir, o Alcorão Sagrado repudia esse tipo
de crença e diz:
‘’Deus disse: Não adoreis a dois deuses - mas
sim, há um Único Deus! – Temei, pois, a Mim
somente! Seu é tudo quanto existe nos céus e na
terra. Somente a Ele devemos obediência permanente.Temeríeis,
acaso, alguém além de Deus?’’ (Alcorão
Sagrado 16:51 ao 53)
Além destes há os Hindus, que não têm
uma religião fixa, estão divididos em várias
castas e milhares de seitas e não têm uma divindade
fixa. Cada seita tem o seu deus, e algumas delas têm três
deusas e outras ainda vários deuses e com formas diversificadas.
Islam advoga a doutrina do Monoteísmo puro propagado por
todos os Profetas, inclusive por Jesus (que a Paz esteja sobre
ele), assim como consta na Bíblia.
‘’E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos
é, ouve, Israel, o senhor, nosso Deus, é o Único
Senhor’’(Marcos 12:21)
E consta:
‘’E Jesus lhe disse: Porque me chama Bom? Ninguém
é Bom senão um que é Deus.’’
(Marcos 10:18)
E disse:
“Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele
servirás.’’ (Mateus 4:10).
A doutrina da Trindade foi inventada pelos cristãos por
volta de 300 anos após Jesus (que a Paz esteja sobre ele).
Os quatro evangelhos canônicos não contêm nenhuma
referência sobre isso, consta no ‘’The New Catholic
Encyclopaedia (1967)’’. A formulação
de um Deus em três pessoas não tinha sido solidamente
estabelecida na vida Cristã e na sua profissão de
fé, anterior ao fim do século quatro. Mas foi precisamente
esta formulação que reclamou primeiro o título
de ‘’O dogma Trinitário’’. Entre
os padres apostólicos não havia nada, mesmo remotamente
próximo, a tal mentalidade ou perspectivas. (Vol. 14 Pag.
295 Art.<< The Holy Trinity>>)
O Profeta Muhammad (SWAS), restabeleceu, purificou e propagou
o Monoteísmo puro e natural. Os muçulmanos não
acreditam, que qualquer Profeta em qualquer era; tivesse se
auto proclamado Deus, filho de Deus ou parceiro na divindade.
A doutrina básica no Islam é o conceito da unicidade
de Deus e é essa a característica distinta do Islam
sendo esta a mais pura forma do Monoteísmo
Ash
Shirk (Politeísmo)
Shirk, literalmente significa atribuir parceiro, Shirk é
oposto ao Tauhid, e nos termos de Chari'ah quer dizer atribuir
as qualidades exclusivas de Deus, a outros seres, mesmo se essa
atribuição for feita a Profetas, Anjos, Santos,
etc.
Assim o que pratica o Shirk é chamado Mushrik, Deus nunca
vai perdoar o Mushrik. Ele diz no Alcorão Sagrado:
‘’Deus jamais perdoará a quem Lhe atribuir
parceiros; porém, fora disso, perdoa a quem Lhe apraz.
Quem atribuir parceiros a Deus cometerá um pecado ignominioso.’’
(Alcorão sagrado 4:48)
O Shirk é algo tão repudiável que o ser humano
e nem qualquer outro animal consente para si próprio; por
exemplo, um homem está pronto a perdoar todos os erros
cometidos por sua mulher no que lhe diz respeito, porém,
se ela
arranjar um outro homem e tratá-lo como marido, isto é,
associando-o, de certo que ele (o marido) considerará aquilo,
uma traição imperdoável, enquanto a relação
entre marido e mulher é apenas de companheiros de vida.
Como pode Deus, cuja relação conosco é a
de Criador para criatura, e de Senhor para servo, que nos dá
a vida, a saúde, o sustento e tudo que temos, tolerar que
seja associado a outros seres? Temos que Lhe ser fiéis
e adorar somente a Ele. Algumas características de Shirk
(politeísmo):
1º- Shirk no ser (na pessoa) (Shirk fiz-zát).
2º- Shirk nos atributos, (Shirk fis-sifát).
Atribuir as qualidades exclusivas de Deus a alguém, por
exemplo, aos Profetas, Santos, Imam, Anjos, Imagens, etc...
Acreditar por exemplo que tais personagens detêm conhecimentos
do oculto, sobre o passado, presente e futuro, ou o conhecimento
deles é igual ao de Deus; ou ainda acreditar que o Profeta,
imagem ou santo têm poder igual ao de Deus, ou que eles
também podem dar a vida, a morte, realizar nossos desejos,
satisfazerem às nossas necessidades e dar o sustento.
Pois se eles fossem poderosos, nenhum mal lhes teria atingido,
porém sabemos que eles também sofreram, foram perseguidos,
torturados, massacrados e finalmente tiveram que, deixar este
mundo.
Ou acreditar que assim como Deus ouve tudo e vê tudo, eles
também ouvem tudo e vêem todas as nossas ações,
independentemente da distância a que se encontram. Deus
é único Ser que merece ser adorado e não
há ninguém
como Ele.
Ele está muito próximo da sua, criatura, e não
precisa de intermediários, Ele cuida de todos, é
Onipotente. Atribuir qualidades exclusivas de Deus, a qualquer
pessoa é Shirk, portanto prestar cultos a imagens, a santos,
nas campas, beijar as campas como sinal de adoração,
colocar comidas nas campas, sacrificar animais em dedicação
a santos, organizar festivais, peregrinações periódicas
a feiras de santos, excursões anuais (aniversários
dos santos) junto das campas, fazer promessas ou pedidos junto
às campas dos santos e Profetas, pedir apoio a outros fora
de Deus e acreditar que, essa pessoa por mais longe que esteja,
tem o poder de socorrer, beneficiar ou prejudicar, jurar em nome
de outros que não seja Deus, praticar, consultar e acreditar
na bruxaria e curandeirismo, estes e mais outros atos semelhantes
são considerados shirk.
O Profeta Muhammad (SWAS), disse:
‘’Não associe nada a Deus (não cometa
Shirk) mesmo se, fores morto ou queimado.’’
E diz em um longo Hadith:
‘’Se pedires, peça a Deus, se, procurares ajuda,
procure ajuda de Deus.’’
Al Kufr (Incredulidade)
Literalmente o Kufr significa cobrir, tapar, nos termos da Chari’ah
o Kufr é oposto ao Imam, isto é: Não acreditar
na existência de Deus ou nos Seus atributos ou rejeitar
algo transmitido pelo Profeta Muhammad (SWAS), à humanidade.
Desrespeitar o Alcorão Sagrado e o Hadith, utilizar os
símbolos distintos dos Káfir's como o uso de amuletos
ou de brincos com cruz, prestar cultos a outro ser, fora Deus,
desonrar o Profeta Muhammad (SWAS), rejeitar qualquer um dos livros
Divinos, duvidar de algum dos artigos da fé, ou de algum
dos Profetas, recusar o dia do Juízo Final, rejeitar algum
dos ensinamentos autênticos indiscutíveis do Islam,
rejeitar os ahadith do Profeta Muhammad (SWAS),), não aceitar
que o Profeta Muhammad (SWAS), é o último Profeta,
tudo isso é Kufr.
Desrespeitar, rir e fazer piadas dos ensinamentos da religião
do Islam, tecer também é Kufr, perder a esperança
da Misericórdia de Deus mesmo se estiver, submerso nos
pecados, também é Kufr, o que prática o Kufr
chama-se Káfir. Não há Salatul-Janaza (oração
fúnebre) para os que renunciam o Din (religião do
Islam) quando eles morrem.
CRENTE FIEL
Crente fiel é quem possui crenças autênticas
e válidas, pratica boas ações o abstem-se
dos pecado e se por acaso cometer algum pecado, imediatamente
arrepende-se sinceramente, pedindo o perdão.
Pois as boas ações têm uma forte ligação
com o Iman (Fé) e são vitais para o seu desenvolvimento
e perfeição. Elas são provas da existência
de Iman e não tem lógica a pessoa dizer que tem
Iman em Deus, entretanto não adora a Deus nem pratica boas
ações que confirmam a sua fé em Deus.
Na verdade esse que reconhece a existência e a unicidade
de Deus o recusa se submeter às ordens de Deus não
é considerado crente como foi o caso de Ibliss (Shaitan)
(Lúcifer; Satã) que reconhecia a existência
de um Único Deus, a acreditava inclusive no dia do julgamento
e na vida após a morte, contudo quando recusou-se a prestar
reverência perante Adam Alaihi Salam (Adão, que a
Paz esteja sobre ele), segundo as ordens de Deus, foi declarado
Káfir e condenado eternamente.
Não lhe servindo de nada a sua simples crença em
Deus e no dia do Juízo Final. Portanto o Imam deve ser
acompanhado com boas ações e é por isso mesmo
que os versículos do Alcorão Sagrado, relacionados
ao Imam falam-nos simultaneamente da prática das boas ações.
O que crê, pratica boas ações e abstem-se
dos pecados, é crente fiel esse entrará no Jannat
(Paraíso) onde permanecerá eternamente. Eis aqui
alguns dos pecados grandes entre outros que devem ser evitados
a todo o custo.
Assassinar, cometer adultério, acusar falsamente alguém,
consumir a riqueza dos órfãos; consumir, trocar,
fazer publicidade e vender intoxicantes, mesmo a não muçulmanos,
comer, comprar ou vender carne de porco mesmo ao não muçulmano;
praticar ou proporcionar jogos de azar, negócios de juros,
reduzir a medida e o peso, feitiçaria, curandeirismo, bruxaria,
desobedecer aos pais, dar testemunho falso ou esconder o testemunho,
roubar, trair a confiança, não cumprir promessa,
subornar, cortar relações familiares, criar intrigas,
exibir a nudez.
No Islam quem comete um pecado deve pedir o Taubah (perdão)
sincero a Deus. A aceitação do Taubah depende de
três condições:
1. Reconhecer o pecado cometido;
2. Ficar com remorsos por ter cometido o pecado;
3. Ter firme intenção de não repetir o mesmo
pecado.
Se alguém se arrepender sinceramente, os seus pecados serão
perdoados por Deus, porque Ele é indulgente, conforme o
versículo do Alcorão Sagrado:
‘’A absolvição de Deus recai tão-somente
sobre aqueles que cometem um mal, por ignorância, e logo
se arrependem. A esses, Deus absolve, porque é Sapiente,
Prudentíssimo.’’ (Alcorão Sagrado 4:17)
Isto é nos pecados que não envolvem direitos de
outras pessoas, pois se estiver em causa o direito do alguém
então é necessário antes lhe pedir perdão
se lhe tiver arrancado algo devolver-lhe, e só depois é
que Deus vai perdoar.
Deus aceita o arrependimento dos seus servos a qualquer momento
exceto quando o servo estiver na agonia, quando o anjo dá
morte já tiver chegado para lhe tirar a alma.
Consta no Hadith do Profeta Muhammad (SWAS),) que quando a pessoa
comete um pecado forma-se uma mancha negra no seu coração.
Se fizer arrepender-se a mancha desaparece. Mas se continuar a
pecar sem pedir o perdão de Deus, as manchas vão
acumulando-se. Eventualmente todo o coração fica
coberto de manchas negras, altura em que nenhum bom conselho tem
efeito nessa pessoa. (Mussnad Ahmad e At-Tirmizi.)
CRENTE INFIEL
O crente infiel é o que comete grandes e pequenos pecados
e morre sem pedir perdão, a tais crentes, Deus poderá
perdoar se quiser ou dar o seu justo castigo, mas finalmente entrarão
no paraíso. É tal como a criança que se põe
a brincar na sujeira contra as ordens dos pais, à tarde
quando chega a casa, antes de tudo é levada para um banho
para ser purificada, e só depois lhe é permitida
entrar no quarto ou na sala.
O
NIFÁQ (Hipocrisia)
Nifáq é sinônimo de hipocrisia e quem possui
esta qualidade chama-se munáfiq. Munáfiq nos termos
de Chari’ah é aquele que declara a fé verbalmente,
mas no íntimo oculta a descrença, isto é,
contradição do exterior com o íntimo; declara
uma coisa enquanto nó íntimo tem outra.
Hipocrisia Na Crença
Os munáfiqun vivem com os muçulmanos fingindo serem
também muçulmanos, porém distinguem-se logo
no momento da verdade e de sacrifício. O Alcorão
Sagrado diz que são munáfiqun (hipócritas
na prática) todos aqueles que fazem pouco caso das leis
da Chari’ah, fomentam o mal e a imoralidade na sociedade,
bloqueiam e dificultam as ações de bem, mentem e,
quando praticam boas ações (oração,
caridade etc.) é só para se mostrarem.
Juntam-se aos muçulmanos por causa de algum interesse material
e, no entanto ficam sempre a incomodar-lhes como os Káfirs.
O Profeta Muhammad (SWAS), disse:
‘’As piores pessoas são as que têm duas
faces, vêm ter a uns com uma face e a outros com outra.’’
(Relatado por Al-Bukhári e Muslim.)
Esses serão também ressuscitados com duas faces.
O Profeta Muhammad (SWAS), deu-nos inclusive mais alguns sinais
da hipocrisia (na prática); que são: quando fala
mente, quando promete não cumpre, quando alguém
lhe confia algo para guardar, trai-o. (não devolve ao dono
na íntegra ou parcialmente), e quando discute insulta.
Em todas as eras existiram munafiqs, eram muitos os munafiqs que,
em Madina, entraram aparentemente no Islam e ocultavam no íntimo
o ódio e a descrença; o seu líder era o Abdallah
Bin Ubai bin Salul.
O Profeta Muhammad (SWAS), foi informado por Deus sobre alguns
hipócritas em Madina.
O Alcorão Sagrado condena fortemente a hipocrisia e os
hipócritas, conferindo-lhes um estatuto desprezível.
Há muitos ayats (versículos) sobre os munafiqs,
havendo um surata (capítulo) completo como nome de Al-Munafiqun,
falando sobre os hipócritas e suas qualidades:
‘’Os hipócritas ocuparão o ínfimo
piso do inferno e jamais lhes encontrarás socorredor algum.
Salvo aqueles que se arrependerem, se emendarem, se apegarem a
Deus e consagrarem a sua religião a Ele; estes contar-se-ão,
assim, entre os fiéis, e Deus lhes concederá uma
magnífica recompensa.’’ (Alcorão Sagrado
4:145 e 146)
Assim perante Deus só há três tipos de pessoas:
1. Crente (Mumin).
2. Descrente (Kafir).
3. Hipócrita (Munáfiq).
Al Bidah (Inovação na Religião
de Deus)
Bidah quer dizer inovação na Chari’ah, portanto,
inovar é adicionar no Din (religião) práticas
não referidas no Alcorão ou no Hadith; atos que
não foram praticados pelo Profeta Muhammad (SWAS), nem
pelos Sahabas (companheiros do Profeta).
A Bidah é rigorosamente repudiada a ponto do Profeta Muhammad
(SWAS), dizer:
‘’Quem honrar o praticante de Bidah está a
ajudar na destruição dos fundamentos do Din.’’
(Relatado por Al-Bai-Haqui).
E disse:
‘’Deus não aceita o jejum, o Salat, a caridade,
o Haj, o Umra e os rituais obrigatórios e facultativos,
realizados pelo praticante de Bidah, elo está fora do Islam.’’
(Relatado por lbn Maja).
E diz:
‘’Deus fechou a porta do Taubah para todo o praticante
de Bidah.’’ (Relatado por Al-Tabarani). (Pois esse,
nunca se sente culpado).
Depois do shirk e Kufr, o bidah é o maior pecado no Islam,
Se o bidah fosse permitido, alteraria e desfiguraria o Din de
tal modo que nem se reconheceria o verdadeiro Din deixado pelo
Profeta Muhammad (SWAS), e implicaria certamente um consentimento
de que o Profeta Muhammad (SWAS),) não cumpriu a sua missão
ou que há certos atos bons que ele não conhecia
e nós é que os descobrimos.
O Profeta Muhammad (SWAS), disse:
‘’Quem introduzir algo novo neste Din, será
rejeitado.’’ (Relatado por Al-Bukhári e Al-Muslim).
E disse:
‘’ Todo o ato de bidah é desvio (erro) e todo
o ato de desvio estará no fogo.’’ (Relatado
por Abu Daud e At-Tirmizi)
O Profeta Muhammad (SWAS),) disse:
‘’Eu deixo convosco duas coisas, se vocês assegurarem-nas
bem, nunca vos extraviareis; O Livro de Deus (Alcorão)
e a minha Sunnah.’’
E Deus também diz no Alcorão Sagrado:
‘’Hoje, completei a religião para vós;
tenho-vos agraciado generosamente, e vos aponto o Islam por religião.’’
(Alcorão Sagrado 5:3)
À luz deste ayat e hadith, ninguém tem o direito
de introduzir seja o que for no Din, considerando-o sua parte
integrante. Pois, o Din que nos deixou o Profeta Muhammad (SWAS),
está completo e não precisa de adições
nem de remendos.
Crença Na Existência de Maláika
(Anjos)
As criaturas de Deus não estão limitadas, a nós
e ao mundo visível, há muitas outras criaturas invisíveis
que não podem ser descobertas através de testes
científicos ou experiências, como é o de anjos,
e gênios, e não há nada do que estranhar nisso.
A alma, por exemplo, é invisível, no entanto sentimos
a sua existência, pois, quando ela está no corpo
somos vivos e quando se separa a vida neste mundo acaba; e ninguém
recusa a este fato.
Faz parte importante do Imam, acreditar na existência dos
Anjos, uma das criaturas celestiais invisíveis. Todos os
livros divinos e os Profetas informaram os seus seguidores da
existência dos Anjos. Estes são seres de natureza
diferente a dos humanos.
Enquanto ser Humano foi criado de barro, eles foram criados a
partir da Nur (Luz) razão pela qual, os seres humanos exceto
os Profetas não podem vê-los na sua natureza ou forma
original. Porém, podem ser vistos se tomarem uma forma
física; por isso, o nosso conhecimento quanto a sua natureza,
atributos e qualidades é totalmente baseado naquilo que
Deus e o seu Mensageiro disseram.
Eles foram criados antes do ser humano, não têm inclinação
para nenhuma maldade, desejo carnal, como: comer, beber, dormir,
necessidades fisiológicas, etc...
Estão constantemente engajados no cumprimento e execução
das ordens de Deus, nunca o desobedecem; atuam absolutamente de
acordo com as ordens de Deus, sem nada alterar, aumentar ou diminuir.
Porém o ser humano tem duas faculdades; as de livremente
poder praticar o bem e o mal. Assim como diz o Alcorão
Sagrado:
‘’Pela terra e por Quem a dilatou, Pela alma e por
Quem à aperfeiçoou, e lhe imprimiu o discernimento
entre o que é certo e o que é errado, que será
venturoso quem a purificar (a alma), e desventurado quem a corromper.’’
(Alcorão Sagrado 91: 6 ao 10)
Os anjos com a permissão de Deus podem tomar qualquer forma,
por exemplo, vieram na forma humana perante Maria quando ela deu
à luz Issa Alaihi Salam (Jesus, que a Paz esteja sobre
ele), e vieram também perante o Profeta Ibrahim Alaihi
Salam (Abraão, que a Paz esteja sobre ele), de passagem,
quando estavam a caminho de Sodoma e Gomorra para destruir o povo
de Lut Alaihi Salam, (Lot, que a Paz esteja sobre ele)
Muitas vezes o anjo Gabriel aparecia perante o Profeta Muhammad
(que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre
ele) na forma humana. Eles não são masculinos nem
femininos, são inumeráveis. Só Deus conhece
a sua quantidade.
‘’Ninguém conhece os exércitos do teu
Senhor senão Ele.’’ (Alcorão Sagrado
74:31)
Uns têm duas asas, outros três e outros ainda quatro
pares de asas; como consta no Alcorão Sagrado:
‘’Louvado seja Deus, Criador dos céus e da
terra, Que fez dos anjos mensageiros, dotados de dois, três
ou quatro pares de asas; aumenta a criação conforme
Lhe apraz, porque Deus é Onipotente.’’ (Alcorão
Sagrado 35:1)
E por serem extremamente fortes são capazes de executar
ações que exigem muita força e capacidade,
os Anjos tem várias missões, alguns estão
permanentemente na adoração, uns prostrados outros
glorificando e louvando a Deus.
Eles desempenham um papel importante na origem de certos acontecimentos
que aparentemente, parecem-nos fenômenos puramente naturais,
como o vento, a chuva e a morte, conforme consta no Alcorão
Sagrado:
‘’Arranjadores (para a execução) das
ordens (do seu Senhor)!’’ (Alcorão Sagrado
79:5)
Entre os Anjos há quatro que se distinguem dos demais,
pelo elevado grau que ocupam;
1º- Jibrail (Alaihi Salam) Anjo Gabriel, que trazia as leis
de Deus (revelação Divina) aos seus Profetas, foi
também enviado para aniquilar e castigar os desobedientes
e inimigos de Deus, o título que lhe foi dado é
o de Ruh Al Quddus (O Espírito Santificado).
2º- Mikail (Alaihi Salam) o Anjo Miguel, foi incumbido para
controlar as chuvas, prover comida e subsistência às
criaturas de deus, sob suas ordens estão vários
Anjos, uns no controle das nuvens, dos ventos, outros dos rios,
lagos, canais, e todos eles atuam segundo as ordens de Deus.
3º- Israfil (Alaihi Salam) Anjo Rafael, cuja missão
será a de fazer soar a trombeta que causará a destruição
do Universo e assinalará o evento do Juízo Final,
e depois será incumbido de soar pela segunda vez a trombeta,
quando todas as criaturas se levantaram de suas tumbas para o
ajuste de contas perante Deus, por aquilo que fizeram de bem ou
de mal aqui neste mundo.
4º- Izrail (Alaihi Salam) o Anjo Rafael, também conhecido
por Malakul Mauti, o anjo da morte, o seu trabalho é tirar
a vida das criaturas há um tempo infalível, fixo
e determinado por Deus. Rafael também tem muitos anjos
a trabalharem sob sua supervisão, uns que tiram a alma
dos bons e outros que tiram alma dos maus.
Há um grupo de anjos Chamados Kiráman Kátibin,
dai dois anjos acompanham constantemente, dia e noite, todo o
indivíduo, cabendo a um registrar as suas boas ações
e a outro as más, não lhes escapando absolutamente
nada.
‘’Eis que dois (anjos da guarda) são apontados
para anotarem (suas obras), um sentado à sua direita e
outro à esquerda. Não pronunciará palavra
alguma, sem que junto a ele seja presente uma sentinela pronta
(para anotar).’’ (Alcorão Sagrado 50:17 e 18)
Há ainda outros que pela ordem de Deus acompanham constantemente
a pessoa para lhe protegerem das calamidades, eles cuidam das
crianças dos fracos, dos velhos e outros, a quem Deus deseja
proteger, assim como diz o Alcorão Sagrado.
‘’Cada (de tais pessoas) tem (anjos) protetores. Escoltam-no
em turnos sucessivos, por ordem de Deus. Ele jamais mudará
as condições que concedeu a um povo, a menos que
este mude o que tem em seu íntimo. E quando Deus quer castigar
um povo, ninguém pode impedi-Lo e não tem, em vez
d’Ele, protetor algum.’’ (Alcorão Sagrado
13:11)
Só separam-se de nós quando despirmo-nos para fazer
as necessidades naturais; e há também anjos para
orarem pelos crentes, como diz o Alcorão Sagrado:
‘’Os (anjos) que carregam o Trono de Deus, e aqueles
que o circundam, celebram os louvores do seu Senhor; crêem
n’Ele e imploram-Lhe o perdão para os fiéis,
(dizendo): Ó Senhor nosso, Tu, Que envolves tudo com a
tua misericórdia e a Tua ciência, perdoa os arrependidos
que seguem Tua senda, e preserva-os do suplício da fogueira!’’
(Alcorão Sagrado 40:7)
Entre os anjos há os chamados Munkar e Nakir cuja missão
é junto aos mortos, a quem individualmente fazem as três
seguintes perguntas:
1. Quem é o teu Senhor?
2. Qual a tua religião?
3. Quem é o Profeta enviado para vós? (Alusão
ao Profeta Muhammad (saws)
O trabalho de outros tantos é apenas o de percorrer a terra
para participarem em locais tais como:
1º- Onde se está a fazer a recordação
de Deus e a ser recitado o Alcorão Sagrado;
2º- Onde se está a falar, e a ensinar o Din.
Também, desempenham um importante papel de ajuda aos crentes,
lutando ao seu lado nas guerras.
‘’Tivestes um exemplo nos dois grupos que se enfrentaram:
um combatia pela causa de Deus e outro, incrédulo, via
com os seus próprios olhos o (grupo) fiel, duas vezes mais
numeroso do que na realidade o era; Deus reforça, com Seu
socorro, quem Lhe apraz. Nisso há uma lição
para os que têm olhos para ver.’’ (Alcorão
Sagrado 3:13)
Os anjos ocupados com missões aqui na terra trabalham num
sistema de turnos, revezando-se na hora do Al-Assr e na de Al
Fajr para a apresentação dos registros efetuados
durante os respectivos períodos de trabalho.
Além terra os Anjos também se distribuem em várias
outras tarefas, encontrando-se uns ao serviço no Paraíso,
outros no Inferno, e outros ainda a sustentar o trono de Deus,
conforme consta no Alcorão Sagrado e no Hadith do Profeta
Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam
sobre ele).
Por terem sido criados a base da Luz, os Anjos são criaturas
puras, sem pecados e extremamente velozes na sua locomoção,
não obstante a sua constituição, as suas
capacidades, as suas características específicas
e o seu grande envolvimento nos fenômenos da natureza, a
terra e fora dela, em tanto que espécie, o Anjo é
inferior ao ser humano, o que esta simbolizado no fato de, após
a criação Adam Alaihi Salam, (Adão que a
Paz esteja sobre ele), os Anjos terem sido ordenados a prestarem
reverência perante ele, como sinal de saudação
e respeito, conforme relata o Alcorão Sagrado.
CRENÇA NOS LIVROS DIVINOS
Deus enviou Profetas para nos guiarem e com eles enviou vários
livros com ensinamentos para servirem de guia para a humanidade,
para que desta maneira possa obter êxito e total harmonia
aqui na terra, assim como no outro mundo, e como adorar a Deus
corretamente.
Portanto a conseqüência lógica de se acreditar
nos profetas é a crença nos Livros a eles revelados,
isto porque na essência, a mensagem é a mesma, a
de submissão a Deus.
Crer em todos eles é uma obrigação que foi
ordenada por Deus aos muçulmanos no Alcorão Sagrado
e também nos hadith do Profeta Muhammad (saws) do contrário
a pessoa não pode ser um muçulmano, porque todas
as religiões reveladas, na essência e na fundação
básica são as mesmas; a religião da submissão
a Deus.
De entre os Livros Divinos revelados além do Alcorão
Sagrado, outros quatros foram mencionados pelo seu nome:
1º- Os Pergaminhos ou Brochuras do Profeta Abraão
Alaihi Salam ‘’Suhufi Ibrahim’’, que já
não existem mais;
‘’Em verdade, isto se acha nos Livros primitivos,
nos Livros de Abraão e de Moisés.’’
(Alcorão Sagrado 87:18-19)
2º- A Torah (Taurat) Antigo Testamento revelado ao profeta
Mussa (Moisés) para guiar os Israelitas e a respeito do
qual Deus diz:
‘’Revelamos a Tora, que encerra Orientação
e Luz’’ (Alcorão Sagrado 5:44)
3º- O Zabur (Salmos) revelado ao Profeta Daud (David) também
para os filhos de Israel e a respeito do qual Deus diz:
‘’... e concedemos os Salmos a Davi.’’
(Alcorão Sagrado 4:163)
4º- O Injil (Evangelho) revelado ao Profeta Issa (Jesus)
também para servir de orientação para os
filhos da casa de Israel;
‘’E depois deles (profetas), enviamos Jesus, filho
de Maria, corroborando a Tora que o precedeu; e lhe concedemos
o Evangelho.’’ (Alcorão Sagrado 5:46)
5º- O último foi o Al Qur’an (O Corão)
conhecido na língua portuguesa por Alcorão, revelado
ao último Mensageiro de Deus; Muhammad (saws) e é
a última mensagem de Deus para toda a humanidade.
‘’Em verdade, temos-te revelado o Livro, para (instruíres)
os humanos.’’ (Alcorão Sagrado 39:41)
‘’Certamente, não é mais do que uma
mensagem, para o universo. Para quem de vós se quiser encaminhar.’’
(Alcorão Sagrado 81:27 e 28)
O Alcorão Sagrado fala-nos dos Livros Divinos anteriormente
revelados e testemunha que era uma verdadeira fonte e guia para
as pessoas, porém, informa-nos também que com o
passar do tempo já foram adulterados e misturados com as
palavras de autoria humana, perdendo assim a sua autenticidade.
Por isso já não se pode dizer que seja autênticos
e, por conseguinte; não se deve acreditar que estejam na
sua forma original em que foram revelados, fatos que historicamente
também estão provados.
O Profeta Muhammad (saws) disse para não confirmar e nem
rejeitar o conteúdo atual destes livros, pois neles há
coisas que ainda condizem com o Alcorão Sagrado, e o Alcorão
é o critério.
O Alcorão Sagrado está dividido em 30 partes e em
114 suratas, dentre estes, 92 foram revelados antes da Hégira,
e são chamados de Makkiyah, por terem sido revelados ao
Profeta na cidade de Makkah, e 22 revelados depois da Hégira
e são chamados de Madiniyah, pois foram revelados ao profeta
na cidade de Madina.
A primeira revelação do Alcorão Sagrado ao
Profeta foi feita no mês de Ramadan na noite de Al Qadr
(Lailatul Qadr), e duraram 23 anos lunares, o Profeta Muhammad
(saws) nasceu em Makkah, na Arábia no ano 570 (d.c), e
desde de sua juventude gostava de adorar e recordar-se de Deus,
para isso costumava deslocar-se já preparado com provisões
até a caverna de Hirá a fim de meditar sobre a grandeza
de Deus, em solidão e na maior concentração,
ali passava vários dias enquanto durasse sua provisão,
e quando acaba regressava a casa para reabastecer sua provisão
e novamente voltava apara sua meditação na caverna
de Hirá.
Os primeiros versículos revelados ao Profeta Muhammad (saws)
os cinco primeiros versículos da Surata Al Alaq, quando
atingiu a idade de 40 anos, enquanto estava em sua meditação
contemplativa sobre Deus, na caverna de Hira; lhe apareceu o Anjo
Gabriel, e disse ao Profeta: ‘’Lê’’,
Muhammad (saws) era analfabeto e respondeu ao Anjo: ‘’
Eu não sei ler’’. Então ele que o Anjo
o abraçou e o apertou com tanta força que ele se
sentia incapaz de suportar aquela pressão e, então
ouviu outra vez a ordem do Anjo: ‘’Lê’’;
Muhammad (saws) ); respondeu: ‘’ Eu não sei
ler’’, então novamente o Anjo o abraçou
fortemente, e repetiu pela terceira vez: ‘’Lê’’;
e Muhammad (saws) perguntou o que devo ler, o Anjo disse:
1. Lê, em nome do teu Senhor Que criou;
2. Criou o homem de algo que se agarra.
3. Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo,
4. Que ensinou através do cálamo,
5. Ensinou ao homem o que este não sabia. (Alcorão
sagrado 96: 1 ao 5)
Desde o tempo de Muhammad (saws) desde de que o Alcorão
foi revelado, foi sendo transmitindo e memorizado na sua forma
original, por milhões de pessoas, por isso logicamente
é impossível a qualquer pessoa recusar sua autenticidade,
porque é lido, recitado, memorizado e escrito continuamente
por milhões de pessoas em todo o mundo.
O texto original e completo do Alcorão em árabe,
língua em que foi revelado, encontra-se disponível
e já foi traduzido em quase todas as línguas do
mundo, é o milagre vivo de Muhammad (saws) o Alcorão
Sagrado rege a vida do muçulmano desde o berço até
a sepultura.
Há cópias do Alcorão, conservadas no museu
de Tashkent e em Istambul, escritas alguns anos logo depois do
Profeta Muhammad (saws) ); e na língua original, e que
são idênticos às cópias do dias de
hoje, e isto, é um fator histórico de autenticidade
do Alcorão Sagrado.
Os teólogos registraram inclusive quantas palavras e letras
há no Alcorão, pois Deus é quem o revelou
e é Ele que tomou a responsabilidade de o conservar. Deus
desafiou a todos que duvidam de sua origem Divina para produzirem
algo semelhante ao Alcorão.
CRENÇA NOS PROFETAS
Rassul é o singular de Russul palavra derivada de Rissalah
que significa mensagem, quem transmite a mensagem é chamado
Rassul, Nabi é o singular de Ambiya, que vem de Nabuwat
que é derivada de Naba que significa ‘’noticia
importante’’.
Nos termos da Chari'ah quer dizer noticia importante que deus
revelou aos Seus servos favorecidos para eles transmitirem às
pessoas, estes servos chamam-se Ambiya.
Russul e Ambiya (plural de Rassul e Nabi) são seres humanos
e servos piedoso de Deus, escolhidos por Deus para transmitir
as Suas palavras, explicarem as pessoas porque é que existem
para onde irão após a morte, para conduzirem a humanidade
ao caminho da salvação a fim de viver em harmonia
e paz aqui neste mundo e no outro.
Eles são seres humanos, possuem todas as tendências
e qualidades humanas, pois só assim serviriam de modelo
para nós, o número exato dos Profetas e Mensageiros,
só Deus é quem sabe.
O Islam ordena aos muçulmanos, para crerem em todos os
Enviados de Deus sem qualquer discriminação; afirmamos
a nossa fé na piedade e veracidade deles. É inútil
e sem nenhum beneficio acreditar sé em deus e não
nos seus Mensageiros, tal o homem não pode ser considerado
muçulmano e, por conseguinte não terá salvação,
todos os Ambiyia e Russul são verdadeiros, e seres devotados
a Deus.
Deus protegeu-os da prática do pecado, portanto devemos
acreditar na sua inocência, pois é, a razão
pela qual Deus nos ordena tê-los como modelo exemplar a
ser seguido. Apesar da grande diferença espiritual, moral
e intelectual entre eles e nós, e apesar da sua relação
especial com Deus, eles sempre foram seres humanos, servos de
Deus, pois procriam e são procriados, eles comem, bebem
e andam pelas praças, eles dormem e morrem.
‘’Antes de ti jamais enviamos mensageiros que não
comessem os mesmo alimentos e caminhassem pelas ruas, e fizemos
alguns, dentre vós, tentarem os outros. Acaso (ó
fiéis), sereis perseverantes? Eis que o teu Senhor é
Onividente.’’ (Alcorão Sagrado 25:20)
‘’Jamais concedemos a imortalidade a ser humano algum
anterior a ti. Porventura, se tu morresses, seriam eles imortais?’’
(Alcorão Sagrado 21:34)
A missão deles foi apenas a de transmitir as pessoas à
palavra de Deus, e nem são de forma alguma responsáveis
pelas ações praticadas pelas pessoas, depois deles
as terem transmitido claramente a mensagem.
Deus deu ao ser humano o poder de compreender a diferença
entre a verdade e a falsidade e deu-lhe também a habilidade
e inteligência para aceitar ou rejeitar a verdade por livre
vontade.
Será nessa base que o Homem vai ser recompensado ou castigado,
embora o Profeta Muhammad (saws) ) ardentemente desejasse, que
todos no mundo aceitassem e aderissem a verdade adquirindo assim
a salvação, contudo o Alcorão Sagrado; diz
que isso não estava nas suas mãos, ele nem podia
guiar a quem ele amasse.
O primeiro Profeta foi Adão e o último foi Muhammad
(saws) Os Profetas antes de Muhammad (saws) eram enviados para
uma comunidade definida.
Inclusivamente Jesus (que a Paz esteja sobre ele) foi enviado
somente para os judeus (às ovelhas perdidas de Israel).
Como consta na Bíblia.
‘’E ele respondendo disse: eu não fui enviado
senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.’’
(Mateus 15:24)
O Profeta Muhammad (saws) foi enviado para toda a humanidade,
assim como Deus diz no Alcorão:
‘’Dize: Ó humanos, sou o Mensageiro de Deus,
para todos vós; Seu é o reino dos céus e
da terra. Não há mais divindades além d’Ele.
Ele é Quem dá a vida e a morte! Crede, pois, em
Deus e em Seu Mensageiro, o Profeta iletrado, que crê em
Deus e nas Suas palavras; segui-o, para que vos encaminheis.’’
(Alcorão Sagrado 7:158)
‘’Bendito seja Aquele que revelou o Discernimento
ao Seu servo – para que fosse um admoestador da humanidade,
o Qual possui o reino dos céus e da terra. Não teve
filho algum, nem tampouco teve parceiro algum no reinado. E criou
todas as coisas, e deu-lhes a devida proporção.
Não obstante, eles adoram, em vez d’Ele, divindades
que nada podem criar, posto que elas mesmas foram criadas. E não
podem prejudicar nem beneficiar a si mesmas, e não dispõem
da morte, nem da vida, nem da ressurreição. ‘’
(Alcorão Sagrado 25 1 ao 3)
O Profeta Muhammad (saws) trouxe uma orientação
completa o chegou numa altura em que a mensagem, verdadeira de
Deus transmitida pelos Profetas que o antecederam estava alterada
e esquecida.
Ele sofreu para que a verdade fosse conhecida, para o homem viver
a vida de paz e obediência a Deus e conseguir a vitória
na outra vida, após a morte. Ele veio como, uma benção
para todos. O exemplo da sua vida é muito conhecido; e
com muitos pormenores, e servirão para sempre de guia para
a humanidade.
O Nubuwah e Rissalah são dádivas de Deus, Ele escolhe
a quem Ele quer para esse grande cargo, não podem ser adquiridos
através de esforço, devoção e nem
de sacrifício de alguém.
‘’Deus escolhe os mensageiros, entre os anjos e entre
os humanos, porque é Oniouvinte, Onividente.’’
(Alcorão Sagrado 22:75)
Deus nunca retira esse cargo depois de o ter atribuído
a alguém, pois o Seu conhecimento é Eterno, a Ele
nada está oculto, e Ele conhece o futuro, o presente e
o passado de cada um de nós. Por isso não é
possível alguém ser escolhido para esse cargo e
depois mais tardo vir a revelar-se ineficiente o incapaz.
Deus realiza milagres, pelas mãos dos Profetas, para lhes
servirem de apoio contra descrentes, o milagre realizado por um
Profeta chama-se ‘’Mujizah’’, palavra
derivada de ‘’Ijaz’’ que significa tornar
alguém impotente, isto é, fora de poder de qualquer
pessoa. Ao vê-lo uma pessoa fica convencida que é
o fenômeno realizado através do poder Divino.
Assim Mujizah são atos que ninguém os pode realizar.
Por exemplo, Jesus ressuscitou os mortos pela ordem de Deus, O
fenômeno da abertura do Mar Vermelho, por Moisés
foi outro milagre e o Profeta Muhammad (saws) o seu maior milagre,
que será eterno; o Alcorão Sagrado, dentre muitos
outros.
Cada Profeta teve o seu Mujizah para assim as pessoas os aceitassem
como enviados de Deus, e o milagre realizado por um piedoso (Wali,
plural Auliya) pela ordem de Deus chama-se Karámah. Wali
é o muçulmano piedoso e justo, que evita o máximo
possível o pecado e se por acaso comete algum pecado imediatamente
volta-se para Deus e pede perdão com sinceridade.
O Wali tem um grande amor por Deus e Seu Mensageiro, é
pontual e sincero na sua adoração a Deus. Contudo
um piedoso ‘’Wali’’, por mais devoto que
seja nunca poderá atingir o grau deu m Profeta e nem mesmo
de um Sahabi, (companheiro do Profeta).
Se um ato sobrenatural (milagre) for demonstrado por um Káfir
ou por um muçulmano malvado, cuja vida não está
em conformidade ao Chari'ah e a Sunnah, é chamado Istidraj,
que vem da parte de Shaytan (Satã) designada para confundir
as pessoas. O critério através do qual as pessoas
podem com toda a facilidade distinguir o Karámah do Istidraj
é o Chari'ah.
Consta no Alcorão Sagrado que Deus enviou para cada nação
um guia; Profeta. O número e os nomes de todos os Profetas,
só Deus é que sabe, o Alcorão mencionou alguns,
muitos deles inclusive mencionados na Bíblia.
Para se ser crente é obrigatório acreditar em todos
eles; acreditar em alguns o rejeitar outros é considerado
descrença. Nenhum dentre os Profetas é considerado
Deus nem eles reivindicaram a divindade, pois todos eles foram
seres criados, enviados como modelo para nós. O Alcorão
menciona os nomes de alguns destes Profetas:
1-Adam (Adão);
2-Idris (Enoc);
3-Nuh (Noé);
4- Hud (Heber);
5- Salih (Saleh);
6- Ibrahim (Abraão);
7- Lut (Lot);
8- Ismail (Ismael);
9- Ishaq (Isaac);
10- Yaqub (Jacó);
11- Yussif (José);
12- Xuaib (Jetro);
13- Ayiub (Jó);
14-Zul-Kafil (Ezequiel);
15-Mussa (Moisés);
16-Harun (Araão);
17-Daud (Davi);
18-Sulaiman (Salomão);
19-Ilias (Elias);
20-Aliassa (Eliseu);
21-Yunus (Jonas);
22-Zakaria (Zacarias);
23-Yáhia (João Batista);
24- Issa (Jesus);
25-Muhammad.
Citaremos alguns versículos em que eles são mencionados:
"Tal foi o Nosso argumento, que proporcionamos a Abraão
(para usarmos) contra seu povo, porque Nós elevamos a dignidade
de quem Nos apraz. Teu Senhor (Ó Muhammad) é Prudente,
Sapientíssimo. Agraciamo-lo com Isaac e Jacó, que
iluminamos, como havíamos iluminado anteriormente Noé
e sua descendência, Davi e Salomão, Jó e José,
Moisés e Aarão. Assim, recompensamos os benfeitores.
E Zacarias, Yáhia(João), Jesus e Elias, pois todos
eles se contavam entre os virtuosos. E Ismael, Eliseu, Jonas e
Lot, cada um dos quais preferimos sobre os seus contemporâneos."
(Alcorão Sagrado 6:83 ao 86)
"Sem dúvida que Deus preferiu Adão, Noé,
a família de Abraão e a de Imran, aos seus contemporâneos."
(Alcorão Sagrado 3:33)
"E enviamos ao povo de Ad seu irmão Hud..." (Alcorão
Sagrado 11:50)
"E (recorda-te) de Ismael, de Idris (Enoc) e de Dulkifl…"
(Alcorão Sagrado 21:85)
"E ao povo de Samud enviamos seu irmão Sáleh
..." (Alcorão Sagrado 11:61)
"E enviamos ao povo de Madian seu irmão Xuaib (Jetro)..."
(Alcorão Sagrado 11:84)
Destes, alguns profetas como Idris e Ezequiel, o Alcorão
limita-se a mencionar os seus nomes. De outros, como Ismael, Isaac
e Jonas, relata-se um resumo de sua história. Entre eles,
há também aqueles cuja história veio detalhada,
como ocorre com Abraão, Moisés, José e Jesus;
sendo que o último foi Muhammad (saws)
Inspiramos-te (Muhammad), assim como inspiramos Noé e os
profetas que o sucederam: ..." (Alcorão Sagrado 4:163)
"Em verdade, Muhammad não é o pai de nenhum
de vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o postermo dos
profetas; sabei que Deus é Onisciente." (Alcorão
Sagrado 33:40)
Aparece nos ditos do profeta, que o número total de profetas
enviados para os diferentes povos, em épocas diversas,
é de 124.000 e o Alcorão nos relata que Deus nos
informou os nomes de alguns deles apenas:
"E enviamos alguns mensageiros, que te mencionamos, e outros,
que não te mencionamos; e Deus falou a Moisés diretamente."(
Alcorão Sagrado 4:164)
Há no Alcorão 6 capítulos que levam o nome
de profetas, que são: Yunus (Jonas), Hud, Yussef (José),
Ibrahim (Abraão), Nuh (Noé) e Muhammad (saws)
No Alcorão, 5 profetas foram qualificados como fortes,
pelo que suportaram da maldade de seus povos, e pelo que legaram
de grandes feitos no campo da pregação. E eles estão
citados neste versículo:
"Recorda-te de quando instituímos o pacto com os profetas:
contigo, com Noé, com Abraão, com Moisés,
com Jesus, filho de Maria, e obtivemos deles um solene compromisso."
(Alcorão Sagrado 33:7)
Nem sempre Deus enviou apenas um profeta para um povo. A certa
altura, Deus enviou, ao mesmo tempo, dois profetas ou mais.
"E lembra-lhes a parábola dos moradores da cidade,
quando se lhes apresentaram os mensageiros. Enviamos-lhes dois
(mensageiros), e os desmentiram; e, então, foram reforçados
com o envio de um terceiro; (os mensageiros) disseram-lhes: ficai
sabendo que fomos enviados a vós."( Alcorão
Sagrado 36:13-14)
Consta no Alcorão o seguinte versículo:
"Em verdade, Muhammad não é o pai de nenhum
de vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o postermo dos
profetas; sabei que Deus é Onisciente."(Alcorão
Sagrado 33:40)
E o próprio Muhammad (saws) confirmou ser o último
Profeta o disse que já não viria outro Profeta depois
dele. Nenhum dos Profetas antes do Profeta Muhammad (saws) dissera
que era, o último.
Pelo contrário Jesus e Moisés disseram que depois
deles viria outro Profeta. O Profeta Ibrahim também tinha
pedido que Deus enviasse outro Profeta depois dele. Portanto quem
hoje declarar que é Profeta é um mentiroso, é
um falso, deve ser rejeitado, aqueles que aceitam estes falsos
profetas são considerados Káfir.
A humanidade não precisa de outros Profetas depois de Muhammad
(saws) porque os seus ensinamentos estão vivos, intactos
e completos.
A Revelação que Muhammad (saws) recebeu está
viva, completa, perfeita e intacta. É dirigida a todos
em todas, as eras o em todos os locais. É suficientemente
flexível o que faz com que seja aplicável, em todos
os tempos e acima de tudo Deus prometeu conservá-la eternamente
na sua forma original, assim como Ele diz no Alcorão Sagrado:
‘’Nós revelamos a Mensagem e somos o Seu Preservador.’’
(Alcorão Sagrado 15:9)
Por isso Muhammad (saws) é considerado o último
Profeta e o selo dos Profetas.
Os Sahabas - (Os companheiros do Profeta)
Um Sahabi é a pessoa que no estado de Iman (crença)
viu ou esteve na presença do Profeta Muhammad (saws) como
no caso de Abdallah Ibn Ummi Maktum que era um cego; e faleceu
nesse mesmo estado de Iman.
O Alcorão e o Hadith estão repletos de testemunhos
de que o Sahabas são virtuosos, e são os critérios
da verdade. Eles são os mais ilustres no Islam. A dignidade
e honra reservada a eles é tão grande que até
Deus os escolheu para fazerem companhia ao Seu último Profeta
e escutarem o Alcorão diretamente do Profeta Muhammad (saws)
Foi também a firmeza dos Sahabas que engrandeceu o Islam,
eles apoiaram o Profeta Muhammad (saws) nos momentos difíceis
do Islam, sacrificaram as suas vidas para contentarem a Deus e
o seu Mensageiro. A história não pode mostrar outro
grupo de pessoas que se sacrificou tanto para glorificar o nome
de Deus.
Há aproximadamente cem Ayats (versículos) no Alcorão
que coloca o selo da santidade a elevada posição
dos Sahabas.
Amor pelos Sahabas é um constituinte importante do Imam.
Quem tem o mínimo de Imam nunca se atreverá ir contra
os Sahabas.
O Profeta Muhammad (saws) ) disse:
‘’Que nenhum de vós fale mal dos meus Sahabas,
pois se alguém de vós gastar (em caridade) ouro
do tamanho da montanha de Uhud, jamais chegará a uma mão
cheia de tâmaras gastas pelos Sahabas no caminho de Deus.’’
Deus diz no Alcorão que Ele está satisfeito com
os Sahabas e os Sahabas estão satisfeitos com Ele. O Profeta
Muhammad (saws) disse:
‘’Os meus companheiros são como os Astros,
a qualquer um deles que seguirdes estareis bem encaminhados (guiados).’’
Eis aqui alguns Ayats relacionados com os Sahabas:
‘’Quanto aos primeiros muçulmanos, dentre os
muhajirin e os ansar, que imitaram o glorioso exemplo daqueles,
Deus se comprazerá com eles e eles se comprazerão
n’Ele; e lhes destinou jardins, abaixo dos quais correm
os rios, onde morarão eternamente. Tal é o magnífico
benefício.’’ (Alcorão Sagrado 9:100)
‘’Porém, o Mensageiro e os fiéis que
com ele sacrificaram seus bens e pessoas obterão as melhores
dádivas e serão bem-aventurados. Deus lhes destinou
jardins, abaixo dos quais correm os rios, onde morarão
eternamente. Tal é a magnífica recompensa.’’
(Alcorão Sagrado 9:88 e 89)
Foi através dos Sahabas que o mundo aprendeu o Din, estabeleceu
a verdadeira Chari’ah e obteve a Sunnah do Profeta Muhammad
(saws) .
Pois, eles foram os primeiros narradores do Din trazido por Muhammad
(saws) a humanidade.
Dentre os Sahabas os mais ilustres e célebres são
os quatro Khulafá Rashidun (sucessores bem guiados); Abu
Bakr, o primeiro Khalifa, seguido de Umar, o segundo Khalifa,
depois o Uthman, o terceiro Khalifa e é ‘Ali, o quarto
Khalifa.
OS CALIFAS PROBOS
ABU BAKR
Abu Bakr, o primeiro Califa (632-634 d.C)
"Se eu tivesse que ter um amigo além de meu Senhor,
eu teria Abu Bakr com meu amigo." (hadith)
A Eleição para o Califado
Abu Bakr, o Companheiro mais próximo do Profeta (saws)
não estava presente quando ele deu seu último suspiro
na casa de sua amada esposa dos últimos anos, Aisha, filha
de Abu Bakr. Quando ele soube da morte do Profeta, correu para
a casa da filha, com tristeza, "Quão abençoada
foi sua vida e quão beatificada é sua morte,"
sussurou, enquanto beijava o rosto de seu amado amigo e mestre
que agora já não mais estava presente.
Quando Abu Bakr saiu da casa do Profeta e trouxe a notícia,
a descrença e a consternação espalharam-se
pela comunidade dos muçulmanos de Medina. Mohammad (saws)
tinha sido o líder, o guia e o portador da Divina revelação.
Através dele, eles tinham sido afastados da idolatria e
da barbárie e entrado no caminho de Deus. Como ele podia
ter morrido? Até Omar, um dos mais bravos e dos mais fortes
entre os Companheiros do Profeta, perdeu a compostura, sacou de
sua espada e ameaçou matar quem quer que dissesse que o
Profeta estava morto. Abu Bakr gentilmente o afastou, subiu os
degraus do púlpito da mesquita e se dirigiu ao povo, dizendo:
"Ó gentes, aquele que adora a Mohammad, eis que Mohammad
está morto. Mas aquele que adora a Deus, eis que Deus está
vivo e nunca morrerá."
E concluiu com um versículo do Alcorão:
"E Mohammad não é senão um mensageiro.
Muitos mensageiros o precederam; se ele morresse ou fosse morto,
voltaríeis à incredulidade?" (3:144)
Ao ouvirem estas palavras, as pessoas se consolaram. O abatimento
cedeu lugar à confiança e tranquilidade. O momento
crítico tinha passado, mas a comunidade muçulmana
agora enfrentava um problema extremamente grave, que era a escolha
de um líder. Após algumas discussões entre
os Companheiros do Profeta, que estavam reunidos com o objetivo
de escolher um substituto, ficou evidente que não havia
outro mais adequado para a responsabilidade do que Abu Bakr. Uma
parte de seu discurso, logo após sua eleição,
já foi citada na introdução.
A
vida de Abu Bakr
Abu Bakr ('O proprietário de camelos') não era seu
nome verdadeiro. Ele passou a usar esse nome mais tarde, por causa
de seu grande interesse na criação de camelos. Seu
nome verdadeiro era Abdul Ka'aba (Servo da Caaba), que depois
foi mudado pelo Profeta para Abdullah ('Servo de Deus'). O Profeta
(saws) também lhe deu o nome de 'Siddiq', o Testemunhador
da Verdade'.
Abu Bakr era de uma rica família de mercadores e, ainda
antes de abraçar o Islam, era um cidadão respeitado
de Mecca. Ele era três anos mais jovem do Mohammad (saws)
e uma natural afinidade surgiu entre eles desde a infância.
Foi o mais próximo Companheiro do Profeta durante toda
a vida dele. Quando Mohammad convidou seus amigos mais íntimos
e parentes para o Islam, Abu Bakr estava entre os primeiros a
aceitar. Ele também persuadiu Osman e Bilal a aceitarem
o Islam. No início da missão do Profeta, quando
um punhado de muçulmanos foram submetidos a perseguição
e tortura implacáveis, Abu Bakr teve a sua parcela de sofrimento.
Finalmente, quando a permissão de Deus chegou para migrar
de Mecca, ele foi o único escolhido pelo Profeta para acompanhá-lo
numa perigosa viagem para Medina. Abu Bakr sempre esteve ao lado
do Profeta nas inúmeras batalhas que aconteceram durante
a existência dele. Certa vez, ele trouxe todos os seus pertences
para o Profeta, que estava levantando fundos para defender Medina.
O Profeta perguntou "Abu Bakr, o que você deixou para
a sua família?" A resposta veio imediata: "Deus
e Seu Profeta."
Mesmo antes do Islam, Abu Bakr era conhecido como um homem de
caráter honrado e amável e de natureza compassiva.
Por toda sua vida ele foi sensível ao sofrimento humano
e gentil com os pobres e necessitados. Muito embora fosse rico,
viveu modestamente e gastava seu dinheiro na caridade, na libertação
dos escravos e pela causa do Islam. Muitas vezes ela passava parte
da noite em súplicas e orações. Ele partilhou
com sua família uma vida afetuosa e alegre.
O Califado de Abu Bakr
Este era o homem sobre quem o peso da liderança recaiu,
no período mais delicado da história dos muçulmanos.
Quando a notícia da morte do Profeta se espalhou, várias
tribos se rebelaram e se recusaram a pagar o zakat (o imposto
do pobre), dizendo que ele era devido somente ao Profeta (saws)
Ao mesmo tempo, começaram a surgir inúmeros impostores,
alegando que a missão de profeta tinha passado para eles,
e começaram a surgir revoltas. Além do mais, dois
poderosos impérios, o Romano do Oriente e o Persa, também
ameaçavam o recém-nascido estado de Medina.
Sob tais circunstâncias, muitos Companheiros do Profeta,
inclusive Omar, aconselharam Abu Bakr a fazer concessões
aos sonegadores do zakat, pelo menos por um tempo. O novo Califa
não concordou. Ele insistia que era uma Lei Divina e que
não podia ser desrespeitada, que não havia diferença
entre as obrigações do zakat e do salat (oração)
e que qualquer transigência com as injunções
de Deus fatalmente minariam as fundações do Islam.
Omar e os outros rapidamente perceberam seu erro de julgamento.
As tribos revoltosas atacaram Medina mas os muçulmanos
estavam preparados. O próprio Abu Bakr liderou a defesa,
forçando-os a se retirarem. Ele também declarou
uma guerra implacável contra aqueles que se diziam profetas,
muitos dos quais se submeteram e voltaram a professar o Islam.
A ameaça do Império Romano, na verdade, tinha surgido
mais cedo, durante a existência do Profeta. O Profeta tinha
organizado um exército, sob comando de Usama, o filho de
um escravo liberto. O exército não tinha ido muito
longe quando o Profeta caiu doente e eles interroperam o avanço.
Após a morte do Profeta, a questão surgida foi se
o exército deveria ser enviado de novo ou se deveria permanecer
em Medina, para defender a cidade. Mais uma vez Abu Bakr mostrou
uma firme determinação. Ele disse: "Mandarei
o exército de Usama da mesma forma que foi ordenada pelo
Profeta, ainda que eu fique sozinho."
As instruções finais que ele transmitiu a Usama
prescreviam um código de conduta na guerra que permanece
até os dias de hoje. Parte de suas instruções
para o exército muçulmano foram:
"Não desertem nem sejam culpados de desobediência.
Não matem o velho, a mulher ou a criança. Não
destruam as tamareiras e nem cortem as árvores frutíferas.
Não matem carneiros, ou vacas, ou camelos, a não
ser que seja para comer. Vocês encontrarão pessoas
que passam suas vidas em monastérios. Deixem-nas em paz
e não as molestem."
Em muitas ocasiões, Khalid bin Walid foi escolhido pelo
Profeta (saws) para chefiar os exércitos muçulmanos.
Um homem de enorme coragem e um líder nato, seu gênio
militar desabrochou em plenitude durante o Califado de Abu Bakr.
Durante o governo de Abu Bakr, Khalid levou seus homens de vitória
em vitória contra o ataque dos romanos.
Uma outra contribuição de Abu Bakr para a causa
do Islam foi a coleta e compilação dos versículos
do Alcorão.
Abu Bakr morreu no dia 21 de jamadi-al Akhir, do ano 13 d.H (23
de agosto de 634 d.C), com a idade de 63 anos e foi enterrado
ao lado do Profeta (saws) Seu Califado teve a duração
de 27 meses. Neste curto período, no entanto, Abu Bakr
foi importante, com a graça de Deus, para o fortalecimento
e consolidação de sua comunidade e do estado e protegeu
os muçulmanos dos perigos que ameaçavam sua existência.
OMAR (634-644 d.C)
Omar, o segundo Califa (634-644d.C)
"Deus colocou a verdade na língua e no coração
de Omar." (hadith)
A vida de Omar
Quando estava doente, Abu Bakr conferenciou com seu povo, principalmente
com os mais eminentes e respeitados da comunidade. Após
este encontro, eles escolheram Omar como sucessor de Abu Bakr.
Omar era de uma família respeitada do Coraix e era mais
novo do que o Profeta (saws) 30 anos. A família de Omar
era conhecida pelo seu grande conhecimento de genealogia. Quando
ele cresceu, Omar se destacou neste ramo do conhecimento, assim
como na arte da esgrima, na luta e na arte da oratória.
Ele também aprendeu a ler e a escrever quando ainda era
criança, uma coisa rara na Mecca daquela época.
Omar ganhava a vida como mercador. Sua atividade lhe possibilitou
viajar bastante e encontrar todo tipo de pessoas. Esta experiência
lhe deu uma percepção das questões e problemas
dos homens. A personalidade de Omar era dinâmica, autoconfiante,
franca e direta. Sempre falava o que lhe vinha à cabeça,
mesmo que pudesse desagradar aos outros.
Omar tinha 27 anos quando o Profeta (saws) proclamou sua missão.
As idéias pregadas por Mohammad o enraiveciam, da mesma
forma que a outros notáveis de Mecca. Qualquer coraixita
que se convertesse ao Islam encontrava a crítica feroz
de Omar. Quando sua escrava aceitou o Islam, ele bateu nela até
ficar exausto e disse a ela, "parei porque estou cansado
e não por pena de você." A história de
sua conversão ao Islam é interessante. Certo dia,
cheio de raiva contra o Profeta, ele sacou de sua espada e partiu
para matar o Profeta. No meio do caminho, ele se encontrou com
um amigo e lhe contou o que tinha planejado fazer. Seu amigo,
então, lhe disse que sua irmã, Fátima, e
o marido também tinham aceitado o Islam. Omar foi direto
para a casa de sua irmã, onde ele a encontrou lendo páginas
do Alcorão. Ele caiu em cima dela e bateu sem dó
nem piedade. Machucada e sangrando, ela disse ao irmão
"Omar, você pode fazer o que quiser, mas não
pode tirar de nossos corações o Islam". Essas
palavras tiveram um efeito estranho em Omar. Que fé era
aquela que fazia até de uma mulher fraca um coração
tão forte? Ele pediu à irmã que lhe mostrasse
o que estava lendo e no mesmo instante ele foi tocado pelas palavras
do Alcorão e imediatamente compreendeu sua verdade. Ele
dirigiu-se para a casa onde o Profeta se encontrava e declarou
sua fidelidade a ele.
Omar não fez segredo de sua aceitação do
Islam. Ele se encontrou com os muçulmanos e rezou com eles
na Caaba. Essa coragem e devoção por parte de um
cidadão influente de Mecca, levantou o moral da pequena
comunidade de muçulmanos. Apesar de tudo, Omar também
foi submetido a privações e quando a permissão
para migrar para Medina chegou, ele também partiu de Mecca.
A firmeza do julgamento de Omar, sua devoção ao
Profeta (saws) sua ousadia e retidão de caráter
lhe deram o título de "Faruq", que significa
o "O que separa a verdade da falsidade". Durante o Califado
de Abu Bakr, Omar foi seu assistente e conselheiro mais próximo.
Quando Abu Bakr morreu, toda a comunidade de Medina jurou fidelidade
a Omar e, no dia 23 de jamadi-al-akir, do ano 13 da Hégira,
ele foi proclamado Califa.
O
Califado de Omar
Após assumir o cargo, Omar falou aos muçulmanos
de Medina:
"... Ó gentes, vós tendes direitos sobre mim
que podem sempre ser reivindicados. Um desses direitos é
que aquele que chegar a mim com um pedido, deve sair satisfeito.
Um outro direito é que vós podeis exigir que eu
não use indevidamente as receitas do Estado. Também
podeis pedir que ... Fortificarei vossas fronteiras e não
vos colocarei em perigo. Também é vosso direito,
quando fordes para as batalhas, que eu cuide de vossas famílias
enquanto estiverdes fora, como um pai o faria. Ó gentes,
permanecei na fé em Deus, perdoai minhas faltas e ajudai-me
em minha tarefa. Ajudai-me a fazer cumprir o bem e a proibir o
que é mal. Aconselhai-me em relação às
obrigações que me foram impostas por Deus..."
O feito mais notável do Califado de Omar foi a enorme expansão
do Islam. Além da Arábia, o Egito, o Iraque, a Palestina
e o Irã, também ficaram sob a proteção
do governo islâmico. Mas a grandeza de Omar está
na qualidade de seu governo. Ele deu um sentido prático
à injunção alcorânica:
"Ó fiéis, sede firmes na observância
da justiça, como testemunhas de Deus, ainda que o testemunho
seja contra vós mesmos, contra vossos pais ou contra vossos
parentes, seja o acusado rico ou pobre, porque a Deus incumbe
protegê-los." (4:135)
Certa vez, uma mulher apresentou uma queixa contra Omar. Quando
ele apareceu no tribunal, perante o juiz, este se levantou em
sinal de respeito. Omar o repreendeu dizendo "Este é
o primeiro ato de injustiça que você fez a esta mulher."
Ele insistia que seus governadores tivessem uma vida simples,
que não tivessem guarda em suas portas e que fossem acessíveis
ao povo todo o tempo, e ele próprio deu o exemplo. Muitas
vezes enviados estrangeiros e mensageiros, mandados a ele por
seus generais, o encontravam repousando sob uma tamareira ou orando
na mesquita entre o povo, e era difícil para eles distinguir,
no meio do povo, quem era o Califa. Ele passava parte da noite
acordado nas ruas de Medina para ver se alguém precisava
de ajuda ou assistência. O ambiente moral e social da sociedade
muçulmana daquela época pode ser exemplificado pelas
palavras de um egípcio que foi mandado espionar os muçulmanos
durante um confronto. Ele contou:
"Eu vi um povo, onde cada um preza mais a morte do que a
vida. Eles cultivam a humildade e não o orgulho. Ninguém
tem ambições materiais. Seu modo de vida é
simples ... Seu comandante é igual a eles. Não fazem
diferença entre o superior e o inferior, entre o senhor
e o escravo. Quando chega a hora da oração ninguém
fica atrás ..."
Omar deu a seu governo uma estrutura administrativa. Foram criados
os departamentos do Tesouro, do Exército e das Receitas
Públicas. Foram estabelecidos salários regulares
para os soldados. Foi realizado um censo da população.
Foram feitos levantamentos dos territórios para estabelecerem
impostos eqüitativos. Novas cidades foram fundadas. As regiões
que ficaram sob domínio de seu governo foram divididas
em províncias, que eram administradas por governadores
indicados por ele. Novas estradas foram feitas, canais foram abertos
e construídos hotéis ao longo do caminho. Dos fundos
públicos, foi feita uma provisão para ajudar os
pobres e necessitados. Ele definiu, pela lei e pelo exemplo, os
direitos e privilégios dos não muçulmanos,
como, por exemplo, o contrato com os cristãos de Jerusalém:
"Esta é a proteção que o servo de Deus,
Omar, governante dos crentes, concedeu ao povo de Eiliya (Jerusalém).
A proteção vale para suas vidas e bens, suas igrejas
e cruzes, para os doentes e os saudáveis e para todos os
correligionários. Suas igrejas não serão
usadas para moradia nem serão demolidos, seus recintos
não sofrerão qualquer dano nem suas cruzes ou bens
serão danificados de qualquer maneira. Não há
compulsão para o povo em matéria de religião
e ninguém sofrerá ofensas por conta da religião...
Tudo que está escrito aqui representa um pacto com Deus,
sob a responsabilidade de Seu Mensageiro, dos Califas e dos crentes
e será válido para os que pagarem a Jizya (imposto
para a proteção de não muçulmanos)
imposta a eles."
Os não muçulmanos que participaram das campanhas
juntamente com os muçulmanos ficaram isentos do pagamento
da Jizya e quando os muçulmanos se retiravam de uma cidade
cujos cidadãos não muçulmanos tinham pago
este imposto, o valor era devolvido a eles. O muçulmano
velho, o pobre, o incapacitado, assim como os não muçulmanos,
eram sustentados pelo Tesouro Público e pelos fundos provenientes
do zakat.
A morte de Omar
No ano 23 d.H, quando Omar voltava para Medina, depois da peregrinação,
ele ergueu as mãos e rezou:
"Ó Deus! Estou velho, meus ossos estãos cansados,
meu vigor já não é mais o mesmo e o povo
por quem sou responsável espalhou-se pelo mundo. Chama-me
de volta para Ti, meu Senhor."
Pouco tempo depois, quando Omar dirigia-se à mesquita para
conduzir a oração, um magian, de nome Abu Lulu Feroze,
que guardava mágoa de Omar a respeito de uma questão
pessoal, atacou-o com um punhal e o esfaqueou diversas vezes.
Omar cambaleou e caiu ao chão. Quando ele soube que o assassino
era um magian, disse "Graças a Deus que não
é um muçulmano."
Omar morreu na primeira semana do mês de muharram, do ano
24 d.H., e foi enterrado ao lado do Profeta (saws)
OSMAN
Osman, o terceiro Califa (644-656 d.C)
"Todo Profeta tem um assistente e o meu será Osman."
(hadith)
A Eleição de Osman
Quando Omar foi ferido pelo punhal do assassino, antes de morrer
as pessoas pediram-lhe que apontasse seu sucessor. Omar indicou
um comitê, integrado por 6 dos dez companheiros do Profeta
(saws) e de quem o Profeta tinha dito "Eles são as
pessoas do Paraíso" - 'Ali, Osman, Abdul Rahman, Sa'ad,
Al-Zubair e Talha - para escolher o novo califa dentre eles. Ele
também esboçou o procedimento a ser seguido, no
caso de surgir alguma divergência de opinião. Abdul
Rahman retirou seu nome. Ele, então, foi autorizado pelo
comitê a indicar o califa. Após dois dias de discussão
entre os candidatos, e após consultar a opinião
dos muçulmanos de Medina, a escolha recaiu sobre dois nomes,
Osman e 'Ali. Abdul Rahman chegou à mesquita, juntamente
com outros muçulmanos, e após um breve discurso
e de ser questionado por dois homens, ele jurou fidelidade a Osman.
Todos os presentes fizeram o mesmo e Osman tornou-se o terceiro
Califa do Islam, no mês de muharram, do ano 24 da Hégira.
A vida de Osman
Osman bin Affan nasceu sete anos depois do Profeta (saw). Ele
pertencia ao ramo omíada da tribo coraixita. Ele aprendeu
a ler e a escrever ainda muito cedo e, quando rapaz, tornou-se
um comerciante de sucesso. Mesmo antes de aceitar o Islam, Osman
era conhecido por sua honradez e integridade de caráter.
Ele e Abu Bakr eram amigos íntimos e foi Abu Bakr quem
o trouxe para o Islam, quando ele estava com a idade de 34 anos.
Alguns anos mais tarde, ele se casou com a segunda filha do Profeta,
Ruqayya. Apesar de fortuna e da boa posição social
que desfrutava, seus parentes o submeteram a torturas por causa
de sua conversão ao Islam e ele foi forçado a emigrar
para a Abissínia. Algum tempo mais tarde ele voltou a Mecca
mas logo em seguida migrou para Medina com os outros muçulmanos.
Em Medina seus negócios começaram a prosperar e
ele reconquistou sua antiga fortuna. A generosidade de Osman não
tinha limites. Em várias ocasiões ele gastou de
seus bens com o bem-estar dos muçulmanos, com a caridade
e com a melhoria dos exércitos muçulmanos. Por isso,
ele é conhecido como "Ghani", isto é,
Generoso.
A esposa de Osman, Ruqayya, ficou seriamente doente, um pouco
antes da Batalha de Badr e, por isso, ele foi dispensado pelo
Profeta (saws) de participar da luta. Ruqayya morreu em decorrência
da doença, deixando Osman profundamente pesaroso. O Profeta
ficou tocado e ofereceu a Osman a mão de sua outra filha,
Kulthum. Por ter tido o privilégio de ter-se casado com
duas filhas do Profeta, ele passou a ser conhecido como "O
Possuidor de Duas Luzes".
Osman participou das batalhas de Uhud e da Trincheira. Após
os confrontes de Trincheira, o Profeta (saws) determinou que fosse
feito o Hajj e enviou Osman aos coraixitas de Mecca, como seu
emissário. Chegando lá, Osman foi detido e o episódio
terminou com um tratado com as autoridades de Mecca, o Tratado
de Hadaibiya.
O retrato que temos de Osman é o de um homem simples, honesto,
manso, generoso e muito amável, conhecido principalmente
por sua modéstia e espírito de justiça. Muitas
vezes passava parte da noite em orações, jejuava
a cada segundo ou terceiro dia da semana, fazia o hajj a cada
ano e cuidava dos necessitados de toda a comunidade. Apesar de
sua fortuna, ele tinha um modo de vida muito simples e dormia
sobre a areia do pátio da mesquita do Profeta. Osman memorizou
todo o Alcorão e tinha um profundo conhecimento do contexto
e circunstâncias relacionados a cada versículo alcorânico.
O
Califado de Osman
Durante o califado de Osman, as características dos califados
de Abu Bakr e Omar - justiça imparcial para todos, políticas
humanas e moderadas, empenho no caminho de Deus e expansão
do Islam - continuaram. Os domínios de Osman estenderam-se
do Marrocos, a oeste, até o Afeganistão, a leste,
e a Armênia e Azerbaijão, no norte. Durante seu califado,
a marinha foi organizada, foram revistas as divisões administrativas
do estado e muitos projetos públicos foram completados.
Osman enviou eminentes Companheiros do Profeta (saws) como seus
representantes pessoais às diversas províncias para
fiscalizar a conduta dos funcionários e a condição
de vida do povo.
A mais notável contribuição de Osman para
a religião de Deus foi a compilação de um
texto completo e autorizado do Alcorão. Várias cópias
deste texto foram feitas e distribuídas por todo o mundo
muçulmano.
Osman governou por 12 anos. Os primeiros seis anos foram marcados
pela paz e tranqüilidade internas, mas durante a segunda
metade de seu califado começou uma rebelião. Judeus
e magians, aproveitando-se da insatisfação disseminada
entre o povo, começou a conspirar contra Osman e publicamente
alardeavam suas queixas e ressentimentos, ganhando tanta simpatia
que já não era mais possível distinguir o
amigo do inimigo.
Parece surpreendente que um governante de tão vasto território,
cujos exércitos eram invencíveis, fosse incapaz
de lidar com os rebeldes. Se Osman tivesse desejado, a rebelião
poderia ter sido esmagada logo que começou. Mas ele não
queria que houvesse derramamento de sangue entre os muçulmanos.
Ele preferiu argumentar com eles e persuadi-los com gentileza
e generosidade. Ele sempre se lembrava de ouvir o Profeta (saws)
dizer: "Assim que a espada for desembainhada entre os meus
seguidores, nunca mais será guardada até o Último
Dia."
Os rebeldes exigiram que ele renunciasse e alguns dos Companheiros
o aconselharam que o fizesse. Com satisfação ele
teria seguido o conselho, mas, mais uma vez, ele estava preso
a uma promessa solene que tinha feito ao Profeta. "Talvez
Deus o vista com uma camisa, Osman", disse-lhe certa vez
o Profeta, "e se as pessoas quiserem que a tire, não
faça isso por elas." No dia em que sua casa foi cercada
pelos rebeldes, Osman disse a um amigo "O Mensageiro de Deus
fez um pacto comigo e mostrarei firmeza no seu cumprimento."
Após um longo cerco, os rebeldes entraram na casa de Osman
e o assassinaram. Quando a espada do primeiro assassino atravessou
Osman, ele estava recitando o versículo
"Deus ser-vos-á suficiente contra eles, e Ele é
o Oniouvinte, o Sapientíssimo." (2:137)
Osman deu seu último suspiro na noite de sexta-feira, dia
17 de dhul hijja, do ano 35 da Hégira (junho de 656 d.C).
Ele estava com 84 anos anos de idade. O poder dos rebeldes foi
tão grande que o corpo de Osman permaneceu insepulto até
sábado à noite, quando então foi enterrado
com suas roupas manchadas de sangue, a mortalha que convém
a todos os mártires da causa de Deus.
'Ali, o quarto Califa (656-661 d.C)
"Tu ('Ali) és meu irmão neste mundo e no outro."
(Hadith)
A
Eleição de 'Ali
Depois do martírio de Osman, o cargo de califa ficou vago
por dois ou três dias. Muitas pessoas insistiam em que 'Ali
deveria assumir o lugar mas ele se sentia constrangido pelo fato
de as pessoas que o estavam pressionando serem os rebeldes e,
por isso, ele declinou de início. Quando os Companheiros
do Profeta (saws) pediram-lhe que aceitasse, ele finalmente concordou.
A
vida de 'Ali
'Ali bin Abi Talib era primo do Profeta (saws) Mais do que isso,
ele tinha sido criado na casa do Profeta, mais tarde casou-se
com a filha mais nova do Profeta, Fátima, e permaneceu
intimamente ligado a ele por aproximadamente 30 anos.
'Ali tinha 10 anos quando a Divina Mensagem chegou a Mohammad
(saws) Uma noite ele viu o Profeta e sua esposa, Khadija, curvando-se
e em prostração. Ele perguntou ao Profeta sobre
o siginificado daquilo. O Profeta lhe disse que eles estavam orando
a Deus, o Supremo, e que 'Ali também deveria aceitar o
Islam. 'Ali disse que iria primeiro perguntar a seu pai sobre
a questão. Ele passou a noite sem dormir e de manhã
foi ao Profeta e disse, "Quando Deus me criou Ele não
consultou meu pai, portanto, por que deve consultar meu pai para
servir a Deus?" e aceitou a verdade da mensagem de Mohammad.
Quando o mandamento Divino chegou, "e avise teus parentes
mais próximos" (26:124), Mohammad (saws) convidou
seus parentes para uma refeição. Quando terminou,
dirigiu-se a eles e perguntou: "Quem se juntará a
mim pela causa de Deus?" Durante alguns momentos houve um
silêncio completo e, então, 'Ali se levantou e disse:
"Sou o mais jovem de todos os presentes aqui. Meus olhos
me incomodam porque estão inflamados e minhas pernas são
finas e fracas, mas me juntarei a ti e ajudarei naquilo que puder."
Os presentes cairam na gargalhada. Mas, durante os tempos difíceis
em Mecca, 'Ali cumpriu sua palavra e enfrentou todas as dificuldades
que foram impostas aos muçulmanos. Ele dormia na cama do
Profeta quando os coraixitas planejaram matar Mohammad. Quando
partiu de Mecca, foi a ele que o Profeta confiou os valores que
lhle tinha sido confiados, para que 'Ali os devolvesse a seus
legítimos proprietários.
Além da expedição a Tabuk, 'Ali participou
das primeiras batalhas do Islam com grande distinção,
principalmente na campanha de Khaybar. Diz-se que na Batalha de
Uhud ele recebeu mais de 16 ferimentos.
O Profeta (saws) tinha um grande amor por 'Ali e o chamava por
nomes carinhosos. Certa vez, o Profeta o encontrou dormindo na
areia. Ele afastou as roupas de 'Ali e disse carinhosamente "Levante-se,
Abu Turab (Pai da Poeira)". O Profeta também lhe deu
o nome de Asadullah (Leão de Deus).
A humildade, austeridade, piedade, o profundo conhecimento do
Alcorão e a sua sagacidade, deram-lhe uma grande distinção
entre os Companheiros do Profeta. Abu Bakr, Omar e Osman o consultavam
frequentemente e muitas vezes Omar o fez vice-regente em Medina,
em suas ausências. 'Ali também era um grande estudioso
da literatura árabe e foi um pioneiro no campo da gramática
e da retórica. Muitos de seus ditos sensatos foram preservados.
'Ali tinha uma personalidade rica e versátil. Apesar desses
talentos, ele permaneceu um homem modesto e humilde. Certa vez,
durante seu califado, quando ele estava indo para o mercado, um
homem se levantou em respeito e o seguiu. "Não faça
isto", disse 'Ali. "Essas atitudes são uma tentação
para o governante e uma desgraça para o governado."
A vida em sua casa era extremamente simples e austera. Algumas
vezes chegaram a passar fome por causa da grande generosidade
de 'Ali e ninguém que pedisse ajuda voltava de mãos
vazias. Seu estilo de vida austero e simples não se modificou,
mesmo quando se tornou o governante de um grande império.
O Califado de 'Ali
Conforme mencionado anteriormente, 'Ali aceitou o califado muito
relutantemente. O assassinato de Osman e as circunstâncias
que o cercaram, eram um sintoma e também a causa de uma
luta civil em grande escala. 'Ali sentiu que a trágica
situação era devida, principalmente, a governadores
incapazes. Assim, ele demitiu todos os governadores que tinha
sido indicados por Osman e nomeou novos. Todos os governadores,
com exceção de Muawiya, da Síria, acataram
suas ordens. Muawiya se recusou a obedecer até que o sangue
de Osman tivesse sido vindado. A viúva do Profeta, Aisha,
também defendeu a posição de que 'Ali deveria
primeiro julgar os assassinos. Devido às condições
caóticas dos últimos dias de Osman, era muito difícil
descobrir a identidade dos assassinos e 'Ali se recusou a punir
alguém sem provas. Então aconteceu a batalha entre
o exército de 'Ali e os partidários de Aisha. Mais
tarde, Aisha percebeu seu erro de avaliação e nunca
se perdoou por isso.
A situação no Hijaz (a parte da Arábia onde
estão localizadas Mecca e Medina) tornou-se problemática
e 'Ali mudou a capital do Califado para o Iraque. Muwaiya, agora
abertamente contra 'Ali, partiu para a luta contra o exército
de 'Ali. A batalha não teve uma conclusão e 'Ali
teve que aceitar o governo de facto de Muawiya na Síria.
No entanto, muito embora o califado de 'Ali se visse às
voltas com uma guerra civil, ele conseguiu introduzir uma série
de reformas, principalmente na arrecadação de receitas.
Corria o ano 40, da Hégira. Um grupo de fanáticos,
os carijitas, pessoas que tinham se afastado de 'Ali por causa
de sua transigência com Muawiya, alegavam que nem 'Ali,
o Califa, nem Muawiya, o governador da Síria, nem Amr bin
al-Aas, o governador do Egito, mereciam governar o Califado. Na
verdade, eles chegaram a afirmar que o verdadeiro califado tinha
chegado ao fim com Omar e que os muçulmanos deveriam viver
sem um governante, exceto Deus. Eles prometeram matar os três
governantes e enviaram assassinos para os três lugares.
Os homens que tinham sido indicados para matar Muawiya e Amr não
conseguiram realizar o intento e foram capturados e executados.
Mas, Ibn-e-Muljim, o assassino que tinha a incumbência de
matar 'Ali, conseguiu realizar sua tarefa. Certa manhã,
'Ali estava absorto em oração na mesquita, Ibn-e-Muljim
o apunhalou com uma espada envenenada. No dia 20 do ramadan, do
ano 40 da Hégira, morreu o último dos Califas Probos
do Islam. Que Deus lhes conceda Sua recompensa eterna.
Conclusão:
Com a morte de 'Ali, chegou ao fim a primeira e mais notável
fase da história dos povos muçulmanos. Durante todo
este período, foram o Livro de Deus e as práticas
de Seu Mensgeiro - isto é, o Alcorão e a Sunnah
- que orientaram líderes e liderados, que estabeleceu os
padrões de conduta moral e inspirou as ações
de todos. Foi o tempo em que governante e governado, rico e pobre,
poderoso e fraco, se submeteram uniformemente à Lei Divina.
Foi uma época de liberdade e igualdade, da consciência
de Deus e da humildade, da justiça social que reconhecia
privilégios e de uma lei imparcial que não aceitava
pressão de grupos ou de interesses pessoais.
Após 'Ali, Muawiya assumiu o califado e, a partir de então,
o trono do califado passou a ser hereditário, passando
de um rei a outro.
*
Depois dos Khulafa Rashidun distinguem-se os Ashara Mubashara
Bil Jannah; que são os dez Sahabas a quem o Profeta Muhammad
(saws) lhes anunciou aqui neste Mundo a boa nova da sua entrada
no Jannat (Paraíso) por causa do grande sacrifício
que eles fizeram para o engrandecimento do Islam. Eis aqui os
seus nomes incluindo os quatro Califas.
ABU BAKR ASSIDIQ;
UMAR IBN AL-KHATTAB;
UTHMAN IBN AFFAN;
‘ALI IBN ABI TALLIB;
TALHA;
ZUBAIR;
ABDARRAHMAN IBN AUF;
SAA'D IBN ABI WAQA'S;
SAID IBN ZAID;
ABU UBAIDAH IBN AL JARRAH;
Além destes há outros mais a quem o Profeta Muhammad
(saws) deu as boas novas da entrada no Jannat, que é o
caso da sua filha Fátima, a respeito dela o Profeta Muhammad
(saws) disse; que ela será líder das mulheres no
Jannat, e de seus netos Hassan e Hussain que serão os líderes
dos jovens no Jannat (At-Tirmizi).
Da mesma forma tiveram o privilegio de receberem a boa nova da
entrada no Paraíso; Aisha, Hamza, Abbas, Salman, Suhail
e Ammár Bin Yassir.
Depois dos Ashara Mubashara, vem o grau dos que participaram na
batalha de Badr, a seguir são os que participaram na batalha
de Uhud, e depois são os que participaram no Baiat Ar-Ridwan,
a respeito dos quais Deus disse:
‘’Deus Se congratulou com os fiéis, que te
juraram fidelidade, debaixo da árvore. Bem sabia quanto
encerravam os seus corações e, por isso infundiu-lhes
o sossego e os recompensou com um triunfo imediato.’’
(Alcorão Sagrado 48:18)
E assim sucessivamente consoante o trabalho que cada um prestou
para o engrandecimento do Islam; Deus diz a seu favor.
‘’Quanto aos fiéis que migraram e combateram
pela causa de Deus, assim como aqueles que os apararam e os secundaram
– estes são os verdadeiros fiéis – obterão
indulgência e magnífico sustento.’’ (Alcorão
Sagrado 8:74)
‘’Muhammad é o Mensageiro de Deus, e aqueles
que estão com ele são severos para com os incrédulos,
porém compassivos entre si. Vê-los-ás genuflexos,
prostrados, anelando a graça de Deus e a Sua complacência.
Seus rostos estarão marcados com os traços da prostração.’’
(Alcorão Sagrado 48:29)
Quiyamah (Juízo Final)
É freqüente ouvir-se falar do fim do mundo e é
quase geral o sentimento de que o fim de todas as coisas está
às portas.
Isso demonstra que acreditar no fim do mundo é algo lógico,
e os cientistas acham perfeitamente compreensíveis, porém
ignoram o meio pelo qual poderá certificar-se e tentam
longe da revelação divina dar as suas hipóteses,
aqui não queremos sustentar essas hipóteses, mas
a título de curiosidade apenas vamos citar algumas resumidamente.
A seguir apresentaremos a posição do Islam.
Uns dizem que pela desintegração dos átomos,
poderia haver uma espécie de <<incêndio atômico>>
que dificilmente poderia ser apagado, que resultaria no derretimento
da ígnea massa fluída do interior do globo, o que
em pouco tempo, poria termo a toda a forma de vida neste planeta.
Outros admitem a possibilidade de suceder exatamente o contrário
o esfriamento da terra. Dizem que a massa fluída do interior
poderá aos poucos se solidificar e a crosta terrestre engrossar
mais e mais, e que, por fim, o nosso mundo, a exemplo da lua,
poderá girar um astro morto no espaço.
Há também os que crêem que este mundo poderá
ter seu fim na colisão com algum outro planeta. Outros
dizem que as águas que cobrem a terra são calculadas
em 65 quintilhões de pés cúbicos; se as mesmas
pudessem penetrar no interior do globo, através das aberturas
provocadas por violentos maremotos, então pelo vapor que
se formaria ali dentro, haveria tão grande pressão
que poderia explodir o nosso mundo em milhões de pedaços.
Outro perigo que alguns cientistas julgam poder por termo à
vida neste planeta, é a paralisação de sua
rotação. O observatório astronômico
de Greenwich na Inglaterra pretende ter constatado que, em meio
século, o nosso globo sofreu um atraso de meio minuto na
sua rotação; se esta observação é
um fato real e se uma tal dilação continuar ininterruptamente,
bastariam conforme crêem 150.000 anos para o nosso mundo
parar de girar.
Metade da terra se transformaria então num vasto deserto
causticante, e a outra metade num vasto oceano glacial, estas
e muitas outras hipóteses são afirmações
sem prova, completamente, destituídas de fundamento, apenas
presumem e conjecturam, porém indicam que o fim do mundo
é um fato real e é um ponto convergente.
Como e quando isso sucederá, só a revelação
pode nos esclarecer; o Alcorão Sagrado e as tradições
do Profeta Muhammad (saws) esclarecem-nos detalhadamente esse
assunto.
Crença no dia do Quiyamah
Acreditar-no dia do Quiyamah faz parte fundamental da nossa fé;
e é lógico que tudo o que tem início tenha
o seu fim. Este Mundo também teve o seu início,
portanto um dia, terá o seu fim.
O homem é mortal, e como tal, cedo ou tarde morrerá,
isso é um fato real que estamos vemos todos os dias. É
perfeitamente compreensível que quem prática o bem,
será recompensado, e quem pratica o mal, será castigado.
Verificamos, porém, freqüentemente aqui no Mundo,
que, de acordo com a sua pratica o bom não está
a ser, recompensado pelo bem que praticou, nem o mau a ser castigado
pelo mal que praticou.
Assim, a lógica humana sã, exige, uma vez que Deus
é o Maior justiceiro, que, haja um dia em que o bom e o
mal sejam justamente recompensado e castigado respectivamente,
pelo bem e mal praticados, porque de outro modo à vida
no Mundo não teria nenhum sentido.
Esse é o dia de Quiyamah, que tem vários nomes no
Alcorão, e também é conhecido por Dia de
Julgamento ou Dia do Juízo Final.
Como será isso?
Chegado o tempo, no último dia deste Mundo, O Anjo Israfil
receberá a ordem de Deus para fazer soar a trombeta cujo
som será tão forte, destruidor e assustador, que
causará a ruína de todo o Universo, pondo fim à
vida de todos os seres, os edifícios e as estruturas reduzir-se-ão
a fragmentos e pó. As montanhas voarão no espaço,
como flocos (pedaços) de algodão; as estrelas, o
sol e a lua escurecerão, a terra e o céu serão
destruídos. Como Deus diz no Alcorão:
‘’Tudo quanto existe na terra perecerá. E só
subsistirá o Rosto do teu Senhor, o Majestoso, o Honorabilíssimo.’’
(Alcorão Sagrado 55:26 e 27)
‘’E não invoqueis, à semelhança
de Deus, outra divindade, porque não há mais divindades
além d’Ele! Tudo perecerá, exceto o Seu Rosto
Seu é o Juízo, e a Ele retornareis.’’
(Alcorão Sagrado 28:88)
No dia do Quiyamah, quando todos já estiverem ressuscitados
e presentes, Deus interrogar-lhes-á:
‘’A quem pertencerá, nesse dia, o reino?’’
(Alcorão Sagrado 40:16)
Ninguém responderá, então Deus dirá:
‘’A Deus, Único, Irresistibilíssimo.’’
(Alcorão Sagrado 40:16)
Quando Será o Dia do Quiyamah?
Em um Hadith narrado por Umar, conhecido por Hadith Jibrail, em
que o anjo Jibrail; fez várias perguntas ao Profeta Muhammad
(saws) e uma delas foi quando o Quiyamah ocorrerá? o Profeta
Muhammad (saws) respondeu:
‘’O Interrogado não sabe mais a cerca disso
que o interrogador’’ (Relatado por Muslim).
Portanto o conhecimento da hora só pertence a Deus.
‘’Isto, porque Deus é Verdadeiro e vivifica
os mortos, e porque é Onipotente. E a Hora chegará
indubitavelmente, e Deus ressuscitará aqueles que estiverem
nos sepulcros.’’ (Alcorão Sagrado 22: 6 e 8)
Exatamente, ninguém sabe a data de Quiyamah, nem há
meios através dos quais se possa descobrir. Só Deus
é que sabe.
‘’Em verdade, Deus possui o conhecimento da Hora (Quiyamah),
faz descer a chuva e conhece o que encerram os ventres maternos.
Nenhum ser saber o que ganhará amanhã, tampouco
nenhum ser saberá em que terra morrerá, porque (só)
Deus é Sapiente, Inteiradíssimo!’’ (Alcorão
Sagrado 31:34)
Porém há 1400 anos o Profeta Muhammad (saws) forneceu-nos
alguns sinais e eventos que ocorrerão antes de Quiyamah
e todos eles são verídicos e autênticos; muitos
deles já se constatam no nosso dia a dia. Dentre eles,
há sinais pequenos e outros grandes, depois do aparecimento
desses sinais, certamente que, terá lugar o dia de Quiyamah.
O Alcorão indica que o Quiyamah verificar-se-á numa
altura de grande desenvolvimento tecnológico, quando as
pessoas pensarão que têm todos os poderes sobre o
mundo.
‘’A similitude da vida terrena equipara-se à
água que enviamos do céu, a qual mistura-se com
as plantas da terra, de que se alimentam os homens e o gado; e
quando a terra se enfeita e se engalana, a ponto de seus habitantes
crerem ser seus senhores, açoita-a o Nosso desígnio,
seja à noite ou de dia, deixando-a desolada, como se, na
véspera, não houvesse sido verdejante. Assim elucidamos
os versículos àqueles que refletem.’’
(Alcorão Sagrado 10:24)
Contudo não quer dizer de alguma forma que a ciência
e a tecnologia são condenadas no Islam, mas é verdade
que servem como sinais do Quiyamah.
Alguns
dos Pequenos Sinais do Quiyamah
Estes tiveram início com a própria vinda do Profeta
Muhammad (saws) pois, a sua vinda indica a proximidade do Quiyamah.
Os sinais pequenos podem ser divididos sob vários aspectos,
tais como: moral social, moral individual, aspecto tecnológico,
econômico, saúde e outros.
Aspectos da Moralidade Social
1º- Haverá muita hipocrisia, e a mentira será
uma prática comum;
2º- Os homens obedecerão as suas mulheres e desobedecerão
as suas mães, ou seja, darão preferência às
suas mulheres do que as suas mães;
3º- Serão mais generosos e terão mais consideração
pelos amigos do que pelos pais; ou seja, não os ajudarão,
não os sustentarão, enviá-los-ão para
os lares de velhos, etc;
4º- A música, a dança e os instrumentos musicais,
tornar-se-ão extremamente vulgares (amor por elas);
5º- A Modéstia e a Vergonha desaparecerão;
6º- Não se desejarão mais ter filhos. O Profeta
(saws) ; diz a esse respeito:
''Ao se aproximar o fim dos tempos, o homem achará melhor
criar um cachorro do que criar um filho seu, não respeitará
os mais velhos e não terá compaixão pelos
mais novos. Os filhos frutos do adultério serão
muitos, a ponto, de homem manter relações sexuais
com a mulher nas sarjetas. Vestirão as peles de ovelhas,
mas terão corações de lobo. Serão
os mais parecidos possíveis com os hipócritas.''
(Al-Tabarani e Al-Hakim).
Já se nota isto um pouco por todo o lado, especialmente
na sociedade Ocidental.
7º- A nova geração amaldiçoará
a anterior;
8º- Numa família haverá pessoas que seguem
diferentes religiões;
9º- Os fundos públicos serão considerados propriedades
privadas;
10º- A opressão tornar-se-á dominante, as pessoas
serão respeitadas pela sua força e temor da sua
brutalidade e não pela sua justiça;
11º- As pessoas desejarão a morte por causa da prática
de maldades (suicídios) e a falsidade tornar-se-á
exuberante;
12º- Haverá muitas matanças entre as pessoas
sem justificação (as guerras, assassinatos, etc);
13º- Os filhos desobedecerão e maltratarão
os Pais, tratando-os como serventes e até as moças
que em relação aos rapazes, normalmente são
mais compassivas com as mães, tratá-las-ás
como escravas. (Al Bukhari).
Aspecto Da Moral Individual
1º- A religiosidade e o conhecimento islâmico vai baixar
apesar do progresso científico;
O Profeta Muhammad (saws) diz a esse respeito:
‘’Entre os sinais da aproximação da
hora do Juízo Final, estão a existência de
muitos leitores e poucos entendedores e de tantos Príncipes
e tão poucos Probos.’’ (At-Tabarani).
No passado o saber era a demonstração da força
da religião e a ignorância traduzia a sua fraqueza,
porém, o inverso é o que acontecerá no final
dos tempos assim como diz o Profeta Muhammad (saws)
‘’Haverá no final dos tempos adoradores ignorantes
e leitores corruptos.’’ (Al-Hakim)
2º- A ignorância dominará as pessoas;
3º- As mulheres usarão vestuário provocantes,
isto é, sexualmente atrativo, provocador e farão
as suas cabeças serem semelhantes às corcovas dos
camelos (nos penteados);
O Profeta Muhammad (saws) disse a esse respeito:
‘’As mulheres estarão vestidas, mas ao mesmo
tempo nuas.’’
Isto é; com vestuário leve e transparente, muito
apertado ou seminuas.
Ninguém imaginou no passado que inclusive as mulheres haveriam
de se despir e de se utilizarem de todos os meios para excitarem
os desejos dos homens estranhos.
Presentemente nota-se a onda de nudismo por todo o lado, apesar
da abundância das roupas e fartura de tecido, e vestuários
cuja função é precisamente tapar aquilo que
se acha despido. Essas vestes apertadas ou leves e transparentes
revelam uma grande parte do corpo da mulher. Verifica-se mais
isso nas praias e nas piscinas mistas freqüentadas pelas
mulheres sem as suas roupas e vestuários, com o corpo nu,
exceto a sua região pubiana e parte dos seios. Estas são
as tais mulheres que estão vestidas e simultaneamente nuas.
O Profeta Muhammad (saws) disse:
‘’Dois tipos de gente d'entre a minha nação,
que eu não vi, estarão no fogo: pessoas que trazem
consigo chicotes como os rabos de bovinos com os quais eles chicoteiam
o povo e mulheres vestidas, nuas, requebrantes e que fazem requebrar,
cujas cabeças parecem corcovas balouçantes de camelos.’’
(Muslim).
4º- As mulheres imitarão os homens e vice-versa (Al-Hiliya).
Isto pode ser no comportamento, na aparência, nas vestes,
etc;
5º- Haverá um aumento considerável na homossexualidade
entre homens e mulheres;
6º- O adultério e a fornicação serão
vulgarizados a ponto de serem exibidos e praticados em praças
e locais públicos.
(Exibições de filmes pornográficos e de instrumentos
de pecado, fomentados por todos os meios de comunicação).
Nunca se cometeu tanto pecado nesta terra como em nossa época,
com uma grande tendência de piorar.
FONTE:
http://www.religiaodedeus.net/pilares_da_fe.htm
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