o
Profeta Muhammad
(saws)
1 |
Muhammad
o Mensageiro de Deus (Breve Biografia) |
2 |
O
Nascimento do Profeta Muhammad (swas) |
3 |
Início
da Conscientização Religiosa |
4 |
A
Revelação |
5 |
A
Missão |
6 |
Boicote
Social |
7 |
A
Ascensão |
8 |
A
Migração Para Madina |
9 |
A
Reorganização |
10 |
A
Luta Contra a Intolerância e a Descrença |
11 |
A
Reconciliação |
12 |
A
Migração Para Madina |
13 |
A
Perigrinaç da despedida |
14 |
O
Último Sermãodo Profeta Muhammad (swas) |
15 |
O
Último Profeta de Deus Para Humanidade |
16 |
Cronologia |
1-Muhammad
o Mensageiro de Deus (Breve Biografia)
Nos anais da história dos homens, não tem faltado
aqueles que notadamente devotaram as suas vidas à reforma
sócio-religiosa de seus povos, encontramo-los em todas
as épocas e em todas as partes. Na Índia, viveram
os que transmitiram ao mundo os Vedas, e também houve
Gautama Buda; a China teve o seu Confúcio; Zoroastro
deixou o Zend Avesta, no Irã, a Babilônia deu ao
mundo um dos maiores reformadores, o Profeta Abraão (sem
falar nos seus ancestrais), o povo Judeu também merece
orgulhar-se de uma série de reformadores, como Moisés,
Samuel, Davi, Salomão e Jesus entre outros. Todos esse
reformadores alegavam, ser portadores, cada um deles, de uma
missão divina, deixaram livros sagrados, que incorporavam
códigos de vida para orientação de seu
povo.Mas, a isto, sempre se seguiram guerras fratricidas, massacres
e genocídios transformavam-se na ordem do dia, ocasionando,
uns mais, outros menos, a perda quase total das suas mensagens.
Dos Livros de Abraão, restaram-nos somente os nomes;
e quanto aos livros de Moisés, a história nos
conta como foram repetidamente destruídos e só
parcialmente restaurados.
O
Conceito de Deus
A
julgar pelas relíquias do passado, já trazido
à luz, do conhecimento do ''homo sapiens'', descobrimos
que o homem sempre esteve consciente da existência de
um Ser Supremo, Senhor e Criador de tudo. Os métodos
e as abordagens podem Ter sido diferentes, mas todos os povos,
de todas as épocas, deixaram provas das suas tentativas
de obedecer a Deus, a comunicação com o Onipresente,
porém invisível Deus, também foi reconhecida
como possível, por uma reduzida porção
de homens e por alguns espíritos nobres e exaltados.
Se essa comunicação assumia a forma de encarnação
da Divindade, ou consistia, simplesmente, na resolução
de um meio receptor das mensagens divinas, através da
inspiração ou da revelação, o propósito
sempre foi o de servir de orientação para o povo,
era mais do que natural que certas interpretações
e explicações viessem a se provar mais importantes
e convincentes do que outras. No final do 5º século,
após o nascimento de Jesus Cristo, os homens já
haviam alcançado grandes progressos, em diversos campos
da vida, nessa época, algumas religiões, que apregoavam
abertamente que se destinavam apenas a determinadas raças
e grupos de homens, está claro que não ofereciam
remédio para os males da humanidade em geral. Havia,
também, algumas, que proclamavam a universalidade, mas
declaravam que a salvação do homem, residia na
renúncia ao mundo, estas eram religiões para a
elite, e atendiam a um número limitado de homens. Não
precisamos falar das regiões onde inexistia qualquer
religião, onde o ateísmo e o materialismo reinavam
absolutos, onde o pensamento se ocupava exclusivamente com os
próprios prazeres, sem qualquer ressalva ou consideração
pelos direitos alheios. O exame do mapa do maior hemisfério,
nos mostra a Península Arábica, situada no ponto
de confluência dos três grandes continentes; Ásia,
África e a Europa, nesse período, esse extenso
subcontinente arábico, composto, principalmente, Por
regiões desérticas, era habitado por povos sedentários,
tanto quanto por nômades. Não raro, membros da
mesma tribo dividiam-se entre ambos os modos de vida, e preservavam
o seu relacionamento, apesar de seguirem tais caminhos diferentes,
os meios de subsistência, na Arábia, eram escassos,
o deserto oferecia inúmeras desvantagens, fazendo com
que as caravanas comerciais tivessem uma importância maior
do que a agricultura e a indústria. Isto implicava em
viagens constantes, fazendo com que homens ultrapassassem a
península, para adentra a Síria, Egito, Abissínia,
Iraque, Índia e outras terras. Pouco sabemos a respeito
dos Lihyanitas da Arábia Central, mas o Iêmen era
justificadamente conhecido como Arábia Felix, tendo outrora
sido a sede das civilizações florescente de Sabá
e de Ma'in, antes mesmo da fundação de Roma, e
tendo, posteriormente, conquistado algumas províncias
de Bizâncio e dos persas, o grande Iêmen, que havia
passado pelos melhores dias da sua existência, encontrava-se,
nessa altura, repartido em inúmeros principados, e em
parte até ocupado Por invasores estrangeiros. Os Sassânidas
do Irã, que haviam penetrado no Iêmen, já
tinham se apossado da Arábia Oriental, na capital Madaín
(Ctesifonte), reinava o caos sócio-político, que
se refletia nos demais territórios, a Arábia do
Norte havia sucumbido sob a influência Bizantina, e enfrentava
os seus problemas, somente a Arábia Central permanecia
imune aos efeitos desmoralizantes da ocupação
estrangeira. Nesta área limitada, a existência
do triângulo; Makkah, Ta'if, Madina, parecia algo providencial,
Makkah desértica, carente de água e dos benefícios
da agricultura, representava por suas características
físicas, a África e o escaldante deserto. A uns
meros oitenta quilômetros de distância, Ta'if; apresentava
um retrato da Europa, com suas geadas, Madina; situada mais
ao norte, não era menos fértil do que os países
mais temperados, como a Síria, se é que o clima
exercia alguma influência na natureza do caráter
humano, este triângulo, situado no centro do maior hemisfério,
era, mais do que qualquer outra região da terra, uma
reprodução miniaturizada do mundo todo. E foi
aí que nasceu um descendente de Abraão da Babilônia
e da egípcia Hagar, Muhammad, o Profeta do Islam, natural
de Makkah por nascimento, mas relacionado consanguinamente,
tanto a Madina como a Ta'if.
A Religião Do ponto de vista religioso, a Arábia
era idólatra, somente uns poucos indivíduos haviam
abraçado religiões como o cristianismo, o masdeísmo,
entre outras, os nativos de Makkah possuíam uma noção
do Deus Único, porém acreditavam, também,
que os ídolos tinham poder de interceder junto a Deus.
Curiosamente, eles acreditavam na ressurreição
e na outra vida, haviam preservado o ritual da peregrinação
ao Deus Único, à Kaaba, um costume instituído
por inspiração divina ao seu ancestral Abraão;
entretanto, os dois mil anos que os separava, do tempo de Abraão
haviam degenerado essa peregrinação, transformando-a
num espetáculo de feira comercial e numa oportunidade
para a idolatria insensata, o que, longe de produzir qualquer
bem, servia tão somente para corromper o seu comportamento
individual, tanto no contexto social, como no espiritual.
A Sociedade A despeito da relativa, pobreza de recursos naturais,
Makkah era o mais desenvolvido, dos três núcleos
do triângulo, dos três, somente Makkah se constituíra
em cidade-estado, sendo governada por um conselho de dez chefes
hereditários, que desfrutavam de uma nítida divisão
de poderes. Gozando de boa reputação como caravaneiros
os nativos de Makkah conseguiam obter permissão dos impérios
vizinhos, bem como firmar tratados com as tribos que habitavam
as rotas usadas por tais caravanas, para transitar por seus
territórios e negociar, no comércio de importação
e exportação. Eles também proporcionavam
escolta para os estrangeiros que passassem pelo seu país,
bem como pelos territórios das tribos que eram suas aliadas
da Arábia. Apesar de não estarem muito interessados
em preservar idéias e registros escritos, cultivavam
apaixonadamente as artes e as letras, como a poesia, a oratória
e histórias folclóricas.
2-O Nascimento do Profeta Muhammad
No ano 570, nasceu Abulqasim Muhammad ibn Abdala ibn Abd al-Mutalib
ibn Hashim o Profeta Muhammad (sallallahu 'alaihi wa sallam),
seu pai, Abdullah, havia falecido algumas semanas antes, e foi
seu avô que se encarregou de criá-lo, de acordo
com os costumes da época, a criança foi confiada
aos cuidados de uma ama de leite beduína, com quem passou
alguns anos no deserto. Todos os seus biógrafos afirmam
que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), quando infante mamou somente de
um seio da sua ama, deixando o outro para o sustento do seu
meio-irmão, quando a criança foi trazida de volta
ao lar, sua Amina, levou-a aos seus tios maternos, na cidade
de Madina. Durante a viagem de retorno, ele perdeu a mãe,
que sucumbiu de morte repentina, em Makkah, outra desolação
o aguardava, o falecimento do seu afetuoso avô, submetido
a tais privações aos oito anos de idade, ele se
viu finalmente entregue aos cuidados do seu tio, Abu Talib,
um homem generoso por natureza, mas cujos recursos estavam sempre
aquém até das necessidades da sua própria
família. O jovem Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), se viu portanto, diante da necessidade
de procurar imediatamente um meio de ganhar a vida; serviu,
inicialmente, como menino pastor para alguns vizinhos. Com Dez
anos, acompanhou o seu tio a Síria, quando este levou
uma caravana para lá, não se mencionam quaisquer
outras viagens de Abu Talib, mas existem referências de
que ele teria aberto um negócio em Makka, e é
possível que Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), o tenha ajudado também nesse
empreendimento.
Aos vinte e cinco anos de idade, Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), havia-se tornado bem conhecido na
cidade, por sua integridade, disposição e honestidade
de caráter, uma viúva rica, Khadija era seu nome,
ela o contratou a seu serviço e determinou-lhe que levasse
as suas mercadorias, para vendê-las na Síria.
Feliz com os lucros incomuns que ele obteve, bem como encantada
com o carisma pessoal do seu agente, ela ofereceu-lhe a sua
mão, diz-se que na época ela tinha quarenta anos
de idade, a união foi feliz, mais tarde, vêmo-lo
às vezes na feira de Hubacha (no Iêmen), e pelo
menos uma vez no país dos Abd Al Kais (Bahrain e Omã),
como foi mencionado por Ibn Hanbal.
Há motivos para acreditar que esta referência diz
respeito ao grande mercado de Dabá (Omã) onde,
de acordo com Ibn Al Kalbi, se reuniam, todos os anos, os mercadores
da China, do Hindi e Sind (Índia e Paquistão),
da Pérsia, do Oriente.
Um sócio comercial de Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), em Makkah, de nome Sa'ib relata:
''Revezávamos um ao outro; se Muhammad liderava a caravana,
não ia para casa, ao retornar, sem antes acertar as contas
comigo, e se era eu que liderava a caravana, quando voltava,
ele perguntava sobre o meu bem estar, sem nada dizer do capital
que me estava confiado.''
3-Início da Conscientização
Religiosa
Pouco
se sabe sobre os hábitos religiosos de Muhammad (que
a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),
até seus trinta e cinco anos de idade, exceto que ele
jamais adorou ídolos, está afirmação
é consubstanciada pelos seu biógrafos, pode se
afirmar que havia alguns outros poucos em Makkah que do mesmo
modo, haviam se revoltado contra a prática insensata
do paganismo apesar de manterem a sua fidelidade a Kaaba, como
a casa dedicada ao Deus Único, por seu construtor Abraão.
Aproximadamente no 605 da era cristã, os panos que cobriam
a parede externa da Kaaba se incendiaram, o edifício
foi afetado e não suportou o peso das chuvas torrenciais,
que se seguiram, a reconstrução da Kaaba foi então,
empreendida, cada cidadão contribuiu, de acordo com as
suas posses; e só era aceitas doações,
provenientes de ganhos honestos.
Todos participaram do trabalho de reconstrução,
e os ombros de Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), ficaram feridos, de tanto carregar
pedras, para identificar o local onde se inicia o ritual de
circungi-la, aonde foi colocada a pedra negra, na parede da
Kaaba que datava da época do próprio Abraão.
Houve rivalidade entre os cidadãos pela honra de recolocar
a pedra em seu lugar, ao surgir o de correr sangue, alguém
sugeriu que se deixasse o assunto por conta da Providência,
e assim, se aceitasse o arbítrio daquele que ali chegar
primeiro.
Aconteceu que naquela Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele) chegava para ajudar no trabalho,
como era normal, ele era popularmente conhecido pela alcunha
de al Amin (o honesto), e todos aceitaram o seu arbítrio.
Sem hesitar, Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele) ele pediu um manto e colocou no chão,
colocou a pedra sobre ele e pediu aos chefes de todas as tribos
da cidade para juntos levantarem o manto, feito isto ele próprio
colocou a pedra no seu lugar certo, em um dos cantos do edifício,
ficando assim todos satisfeitos, eliminando assim a disputa.
É desse momento em diante que encontramos Muhammad (que
a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),
cada vez mais absorvido em meditações espirituais,
como seu avô ele também costumava se retirar, durante
o mês inteiro de Ramadan, para uma caverna em ''Jabal
an Nur'' (a montanha da luz), essa caverna é chamada
de Ghári Hirá, ali ele orava, meditava e compartilhava
as suas parcas provisões com os viajantes, que por ali
viessem a passar.
4-A
Revelação
Estava ele com quarenta anos de idade, e era o quinto ano consecutivo
que iniciará os seus retiros anuais, quando, certa noite,
próximo ao final do mês de Ramadan, um anjo veio
visitá-lo, e anunciar que Deus o havia escolhido, como
seu Mensageiro para toda a humanidade, e comunicou-lhe a seguinte
mensagem Divina:
'' Lê, em nome do teu Senhor Que criou; Criou o homem
de algo que se agarra. Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo,
Que ensinou através do cálamo, Ensinou ao homem
o que este não sabia.'' (Alcorão Sagrado 96:1
ao 5)
Profundamente comovido, ele voltou para casa e contou o acontecido
à sua esposa, expressando o seu temor de que pudesse
Ter sido algo diabólico, ou feito por ação
de espíritos malignos, ela o consolou, dizendo que ele
sempre fora um homem caridoso e generoso, que sempre ajudou
os pobres, os órfãos, as viúvas e os necessitados,
e assegurou-lhe que Deus o protegeria conte todo o mal.
Sobreveio, então, um lapso na revelação
que duraria mais três anos, o Profeta Muhammad (que a
Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),
deve ter sentido inicialmente um choque seguido por uma calmaria,
um desejo ardente, e após um certo tempo de expectativa,
uma crescente impaciência, as novas da sua primeira visão
haviam-se espalhado e, diante do lapso, os cépticos da
cidade começaram a escarnecer dele e a contar piadas
maldosas, chegaram ao ponto de dizer que Deus o havia abandonado.
Durante três anos de espera, o Profeta Muhammad (que a
Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),
se entregara mais e mais às orações e a
outros hábitos espirituais, finalmente reiniciaram-se
as revelações e Deus assegurou-lhe que de modo
algum o havia abandonado; pelo contrário, fora Ele quem
o guiara no caminho reto; que portanto ele deveria cuidar dos
órfãos e dos desamparados, e proclamar a generosidade
que Deus tivera para com ele.
'' Pelas horas da manhã, E pela noite, quando é
serena, Que o teu Senhor não te abandonou, nem te odiou.
E sem dúvida que a outra vida será melhor, para
ti, do que a presente. Logo o teu Senhor te agraciará,
de um modo que te satisfaça. Porventura, não te
encontrou órgão e te amparou? Não te encontrou
extraviado e te encaminhou? Não te achou necessitado
e te enriqueceu? Portanto, não maltrates o órfão,
Nem tampouco repudies o mendigo, Mas divulga a mercê do
teu Senhor, em teu discurso.'' (Alcorão Sagrado 93:1
ao 11)
Na verdade esta foi uma ordem para pregar, outra revelação,
mandou-o alertar as pessoas contra as práticas ilícitas,
exortá-las a não louvar nenhuma outra divindade,
além do Deus Único, e a abandonar tudo o que desagradasse
a Deus.
'' Ó tu, emantado! Levante-te e admoesta! E enaltece
o teu Senhor! E purifica as tuas vestimentas! E foge da abominação!
E não esperes qualquer aumento (em teu interesse), Mas
persevera, pela causa do teu Senhor.'' (Alcorão Sagrado
74:2 ao 7)
Ainda outra revelação ordenou-lhe avisar aos seus
próprios parentes mais próximos.
'' E admoesta os teus parentes mais próximos. '' (Alcorão
Sagrado 24:214)
'' Proclama, pois, o que te tem sido ordenado e afasta-te do
idólatras.'' (Alcorão Sagrado 15:94)
5-A
Missão
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), começou anunciar a sua missão,
primeiro secretamente entre seus amigos mais íntimos,
depois entre os membros da sua própria tribo e dai por
diante publicamente, pela cidade e pelos seus subúrbios,
ele insistiu na crença no Deus Único e Transcendente,
na ressurreição e no Juízo Final, conclamou
os homens a caridade e a benevolência, e tomou as providencias
necessárias para preservar, por escrito as revelações
que estava recebendo, ordenando aos seus partidários
que também as decorassem, e isto continuou durante todo
o resto de sua vida, uma vez que o Alcorão Sagrado não
foi revelado todo de uma só vez, mas em fragmentos, conforme
surgia a ocasião para tal.
O número dos seus seguidores aumentou gradativamente;
mas diante da denuncia do paganismo, a oposição
também se tornou intensa, por parte daqueles que estavam
firmemente ligados às suas crenças ancestrais,
essa oposição degenerou, ao longo do tempo, na
perseguição e na tortura física do Profeta
Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam
sobre ele), e daqueles que haviam abraçado o Islam.
Estes eram estirados sobre a areia escaldante, cauterizados
com feros em brasa e presos com correntes nos pés, alguns
deles morreram em conseqüência da tortura, mas nenhum
renunciou ao Islam, em desespero, o Profeta Muhammad (que a
Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),
aconselhou os seus seguidores a deixarem a sua cidade de origem
e a se refugiarem no exterior, na Abissínia, ''onde governa
um rei justo, em cujo reino ninguém é oprimido''.
Dezenas de muçulmanos se beneficiaram desse conselho,
mas não todos, essas fugas em segredo incitaram uma perseguição
maior, por parte dos senhores de Makkah, à aqueles que
ficaram para trás.
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), denominou a sua religião
de ISLAM, isto é ; submissão à vontade
de Deus.
As características que a distinguem são duas:
1º- O equilíbrio harmônico entre as coisas
temporais e espirituais ( o corpo e alma), que permite desfrutar
por inteiro, de todas as graças criadas por Deus, prescrevendo
ao mesmo tempo, para todo, deveres para com Deus, o Islam veio
para ser a religião das massas e não apenas de
uns poucos eleitos.
2º- A universalidade do chamamento, para que todos os crentes
se tornem irmãos e iguais, sem qualquer distinção
de classe, raça ou idioma, a única superioridade
que ela admite é exclusivamente pessoal, baseada no maior
temor a Deus e na maior devoção.
6-Boicote
Social
Quando
um grande número de muçulmanos de Makkah emigrou
para a Abissínia, os líderes do paganismo deram
um ultimato à tribo do Profeta Muhammad (que a Paz e
a Bênção de Deus estejam sobre ele), exigindo
que ele fosse excomungado, declarado fora da lei, e entregue
aos pagãos, para ser morto, todos os membros da tribo,
muçulmanos ou não, rejeitaram a exigência.
Em conseqüência dessa recusa, a cidade decidiu impor
um boicote total a tribo do Profeta Muhammad (que a Paz e a
Bênção de Deus estejam sobre ele); ninguém
poderia falar, manter relações comerciais ou matrimoniais
com os seus membros, as tribos que habitavam o subúrbio,
que eram aliados dos senhores de Makkah, também aderiram
ao boicote, causando uma grande miséria entre as vítimas
inocentes, crianças, homens e mulheres, velhos doentes
e fracos.
Alguns sucumbiram, mas ninguém concordou em entregar
o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele) aos seus perseguidores, após
três anos, quatro ou cinco que não eram muçulmanos,
porém mais humanos que os demais e pertencendo a clãs
diferentes, proclamaram o seu repúdio ao injusto boicote.
Ao mesmo tempo o documento promulgando o pacto do boicote, que
havia sido exposto no templo, foi encontrado, como havia sido
profetizado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), roído por formigas brancas,
até que não lhe sobraram senão as palavras;
''Deus'' e ''Muhammad'', o boicote foi suspenso, mas devido
às privações por que tivera que passar,
a esposa e o tio do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), faleceram em seguida, outro tio
do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), Abu Lahab que era inimigo declarado
do Islam e do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), assumiu então a chefia da
tribo.
7-A Ascensão
Foi por esse tempo que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele) teve concedida a ascensão
(Mi'raj), ele se viu numa visão, sendo recebido no céu
por Deus, testemunhando as maravilhas das regiões celestiais,
ao voltar trouxe para a sua comunidade, como dádiva Divina,
o culto Islâmico, que se constitui em uma espécie
comunhão entre o homem e Deus.
A notícia desse contato celestial levou a um endurecimento
ainda maior da hostilidade por parte dos pagãos de Makkah,
o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), foi obrigado a deixar a sua cidade
natal, em busca de asilo em outro lugar, ele procurou os seus
tios maternos em Ta'if, mas voltou imediatamente a Makkah, pois
as pessoas que habitavam aquele lugar o perseguiram até
os limites da cidade, atirando-lhe pedras e o ferindo gravemente.
8-A Migração Para Madina
A peregrinação anual à Kaaba trouxe a Makkah
gente de todas as partes da Arábia, o Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele), tentou persuadir uma tribo após outra, a lhe conceder
abrigo e permitir que continuasse com a sua missão de
pregar o Islam para toda a humanidade.
Os contingentes de quinze tribos, que ele abordou sucessivamente,
recusaram-se a fazê-lo de modo mais ou menos brutal, mesmo
assim, ele não se desesperou, finalmente encontrou-se
com meia dúzia de habitantes de Madina, os quais, sendo
vizinhos dos judeus e dos cristãos, tinham alguma noção,
das mensagens Divinas e dos Profetas.
Também sabiam que ''O Povo do Livro'' estavam esperando
a chegada de um profeta, por isso os de Madina decidiram um
passo a frente dos outros, e conseqüentemente abraçaram
o Islam, prometendo aumentar o número de seguidores e
proporcionar-lhes o apoio necessário em Madina.
No ano seguinte, uma dúzia de novos cidadãos de
Madina fez o juramento da aliança, com o Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele), e pediu que ele lhes enviasse um mestre missionário,
o trabalho desse missionário que se chamava Muss'ab,
teve grande êxito e ele levou um contingente de setenta
e três novos convertidos para Makkah, na época
da peregrinação.
Estes convidaram o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), e os seus companheiros de Makkah
a migrar para a sua cidade, prometendo abrigo para Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele), e trata-lo a ele e a seus companheiros como se fossem
seus próprios parentes, secretamente e em pequenos grupos
a maioria dos muçulmanos migrou para Madina, diante disso
os pagãos de Makkah não somente confiscaram as
propriedades dos migrantes, como também armaram um plano
para assassinar o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele).
Com isto, tornava-se, agora, impossível , para ele, permanecer
em sua casa, deve-se notar que a despeito da hostilidade para
com a missão do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), os pagãos de Makkah continuaram
a Ter confiança sem limites na probidade do Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele) tanto assim que muitos deles costumavam deixar as suas
finanças guardadas com ele.
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), então, confiou esse depósitos
a um primo, que se chamava Ali, com instruções
para devolvê-los, oportunamente, aos proprietários
de direito.</
Deixou
a seguir secretamente a cidade em companhia do seu fiel amigo
Abu Bakr, depois de algumas aventuras, eles conseguiram chegar
em Madina em segurança, e isto aconteceu no ano 622,
no qual começa o calendário da Hégira.
9-A
Reorganização
da Comunidade Para melhor reabilitação dos migrantes
deslocados, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), criou uma irmandade entre eles e
um número igual de habitantes de Madina abastados, as
famílias de cada par de irmãos contratuais trabalhavam
juntas para ganhar o sustento, e eles ajudavam-se uns aos outros
na vida comercial.
Além disso, ele pensava que a evolução
do homem, como um todo, seria melhor conseguida, se ele coordenasse
a religião e a política, como duas partes constituintes
do mesmo todo, com esse fim, convidou representantes, dentre
os muçulmanos, como também representantes dentre
os não muçulmanos da região; pagãos,
judeus, cristãos e outros, e sugeriu uma fundação
de uma cidade-estado em Madina.
Com o consentimento deles, ele dotou a cidade de uma constituição
escrita, a primeira do gênero no mundo, na qual definiu
os deveres e os direitos, tanto dos cidadãos, como de
chefe de estado.
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), foi proclamado como tal, por uma
unanimidade, e aboliu a habitual justiça particular,
o cumprimento dos termos desse documento tornou-se dai em diante,
a principal preocupação da organização
central dessa comunidade de cidadãos.
Esse sistema estabeleceu os princípios de defesa e de
política externa e organizou um sistema de seguro social,
para casos de obrigações extremamente onerosas,
ele reconhecia que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), teria a ultima palavra em todas
as divergências, e que não havia limites ao seu
poder de legislar.
Reconhecia também, explicitamente a liberdade de religião,
especialmente para os judeus, a quem o ato constitucional conferia
igualdade com os muçulmanos, em tudo o que se relacionava
com a vida neste mundo.
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), empreendeu diversas jornadas, com
vistas a persuadir as tribos vizinhas e a estabelecer, com elas,
tratados de aliança e de ajuda mútua.
Com a ajuda destas tribos, ele decidiu exercer uma pressão
econômica sobre os pagãos de Makkah, que haviam
confiscado as propriedades dos muçulmanos retirantes,
e também causado incontáveis prejuízos,
a obstrução do caminho das caravanas de Makkah
e o impedimento da sua passagem pela região de Madina,
deixou os pagãos de Makka desesperados, ensejando uma
luta sangrenta.
Ao se preocupar, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), com os interesses materiais da comunidade,
não foi negligenciado o aspecto espiritual, mal passara
um ano, desde a migração para Madina, quando a
mais rigorosa das disciplinas espirituais, o jejum de um mês
inteiro, todo os anos, no mês de Ramadan, foi imposto
a todo homem e mulher, muçulmano.
10-A
Luta Contra a Intolerância e a Descrença
Não satisfeitos com a expulsão dos compatriotas
muçulmanos, os habitantes de Makkah enviaram um ultimato
aos de Madina, exigindo a entrega ou pelo menos a expulsão
do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), e dos seus companheiros, mas evidentemente
todos esses esforços foram em vão, alguns meses
mais tarde, no ano 2 da Hégira, eles enviaram um exército
para combater o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), que os enfrentou no que ficou conhecido
como a A Batalha de Badr.
Os idólatras de Makkah sendo três vezes mais numeroso
do que os muçulmanos, mesmo assim os idólatras
de Makka foram derrotados.
Depois de mais de um ano de preparativos, os idólatras
de Makkah, novamente tentaram invadir Madina, para vingar a
derrota de Badr, desta vez, eram quatro vezes mais numerosos
do que os muçulmanos, após uma batalha sangrenta,
em Uhud, que ficou conhecido como a, A Batalha de Uhud.
Os idólatras se retiraram, não tendo o encontro
sido decisivo, os mercenários não queriam arriscar
demasiadamente, nem expor as suas vidas.
Nesse meio tempo os cidadãos judeus de Madina começaram
a criar problemas, na época da vitória de Badr,
um de seus líderes Ka'b Ibn Al Achraf, seguiu para Makkah,
para firmar a sua aliança com os idólatras de
Makkah e para incitá-los a uma guerra de vingança.
Após a batalha de Uhud, a tribo desse mesmo chefe tramou
o assassinato do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), pretendendo jogar sobre ele uma
pedra de moinho, quando fosse visitar a sua localidade, apesar
disso tudo, a exigência que o profeta fez aos homens dessa
tribo foi a de que saíssem da região de Madina,
levando com eles todas as suas posses, após venderem
os imóveis e receberem o que lhes devessem os muçulmanos.
A clemência, demonstrada dessa maneira surtiu efeito contrário
ao esperado, os exilados, não somente entraram em contato
com os idólatras de Makkah, como com as tribos ao Norte,
Sul e Leste de Madina, mobilizando-se em ajuda militar e planejando
uma invasão de Madina, a partir de Khaibar, com forças
quatro vezes mais numerosos ainda, do que as que foram empregadas
em Uhud.
Os muçulmanos prepararam-se para enfrentar um cerco e
cavaram um fosso, para se defender do que previam ser a maior
provação que teriam que enfrentar, mas a deserção
dos judeus, que ainda permaneciam dentro de Madina, numa etapa
posterior, transtornou toda a estratégia, porém
usando uma diplomacia sagaz, o Profeta Muhammad (que a Paz e
a Bênção de Deus estejam sobre ele), conseguiu
desarvorar a aliança inimiga e os diversos grupos retiraram-se,
um após o outro.
Foi nessa época que foi decretada a proibição,
para muçulmanos, do consumo de bebidas alcoólicas
e das apostas dos jogos de azar.
11-A
Reconciliação
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), tentou ainda, mais uma vez, reconciliar-se
com os habitantes de Makkah, a obstrução da rota
do Norte, das suas caravanas, havia arruinado a sua economia,
o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), prometeu-lhes trânsito livre,
a extradição dos seus fugitivos e o atendimento
de todas as condições que eles impuseram, concordando
até voltar a Madina, sem completar a peregrinação
à Kaaba, em vista disso, ambas as partes negociadoras
prometeram, em Hudaibiya, não só a preservação
da paz, mas também a observância da neutralidade,
nos seus conflitos com terceiros, este pacto ficou conhecido
como O Pacto de Hudaibiya
Aproveitando a paz o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), se lançou a um intensivo
programa de propagação da sua religião,
ele enviou cartas missionárias aos governantes de Bizâncio,
do Irã, da Abissínia e de outros países,
o sacerdote autocrático Bizantino, Doughatir dos Árabes,
abraçou o Islam, mas por isso, foi linchado pela turba;
o prefeito de Ma'an na Palestina sofreu idêntico destino,
sendo decapitado e crucificado pelo imperador.
Um embaixador muçulmano foi assassinado na Síria
Palestina; e ao invés de punir o culpado, o imperador
Heráclito apressou-se a protege-lo, com o seu exército,
da expedição punitiva, enviada pelo Profeta Muhammad(que
a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele)
que ficou conhecido como a Batalha de Mu'ta.
O idólatras de Makkah, esperando aproveitar-se das dificuldades
dos muçulmanos violaram os termos do tratado, diante
disso, o próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), liderou um exército de dez
mil homens, tomando Makkah de surpresa e sem derramamento de
sangue.
Como conquistador benevolente, reuniu os vencidos, lembrou-lhes
os seus atos pecaminosos, a perseguição religiosa,
o confisco injusto das propriedades dos imigrantes, as repetidas
invasões e a hostilidade insensata e contínua
dos últimos vinte anos.
Perguntou-lhes: '' Agora, o que esperam de mim ?''
Quando todos baixaram as cabeças, envergonhados, o Profeta
Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam
sobre ele), proclamou:'' Que Deus os perdoe; vão em paz;
não serão chamados à responsabilidade hoje;
estão livres !''
Ele inclusive renunciou `a reivindicação das propriedades
muçulmanas confiscadas pelos idólatras de Makka,
isso produziu uma grande reviravolta psicológica de ânimos,
quando um chefe, dentre eles, se adiantou com o coração
transbordante de alegria, após Ter ouvido essa anistia
geral, e decidido declarar a sua aceitação do
Islam, disse-lhe o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele):
''E, por minha vez, nomei-o governador de Makkah !''
Sem deixar um ínico soldado na cidade conquistada, o
Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de
Deus estejam sobre ele), retirou-se para Madina, a Islamização
de Makka, realizada em poucas horas, foi completa.
Imediatamente após a ocupação de Makka,
a cidade de Ta'if, mobilizou-se para lutar contra o Profeta
Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam
sobre ele), com alguma dificuldade, o inimigo foi dispersado,
no vale de Hunain, mas mesmo assim, os muçulmanos preferiram
levantar o sítio de Ta'if e usar meios pacíficos
para quebrar a resistência dessa região.
Menos de um ano depois, uma delegação de Ta'if
veio a Madina, oferecer a sua rendição, porém
pedia isenção das orações, dos impostos
e do serviço militar, bem como a continuação
das práticas do adultério da fornicação
e do consumo de bebidas alcoólicas, exigiam até
que lhes deixassem conservar o templo do ídolo al Lat,
em Ta íf.
Mas o Islam não era um movimento materialista e imoral,
e a delegação não tardou a envergonhar-se
das suas exigências, o Profeta Muhammad (que a Paz e a
Bênção de Deus estejam sobre ele), concordou
em conceder uma isenção dos impostos e da prestação
de serviços militares, dizendo:
''Vocês não precisam demolir o templo com as suas
próprias mãos; mandaremos gente nossa para essa
tarefa, e caso haja alguma conseqüência das quais
vocês temem, devido as suas superstição,
ela recairá sobre os nossos homens.''
Este ato do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), mostra bem que concessões
podiam ser feitas aos novos convertidos, a conversão
dos habitantes de Ta'if foi tão sincera que em pouco
tempo, eles próprios renunciaram às isenções
pactuadas com o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele).
Em todas essas guerras que se estenderam por um período
de dez anos, os não muçulmanos perderam no campo
de batalha não mais do que 520 homens, enquanto as perdas
dos muçulmanos foram ainda menores.
Com essas poucas incisões, toda a Península Arábica,
com os seus dois milhões de quilômetros quadrados,
se viu curado do abscesso da anarquia e da imoralidade, durante
esses dez anos de lutas desinteressadas, todos os povos da Península
Arábica e das regiões vizinhas ao sul do Iraque
e da Palestina haviam abraçado voluntariamente o Islam.
Alguns grupos cristãos, judaicos e masdeístas
permaneceram ligados às suas crenças, e a estes
foi concedida a liberdade de consciência religiosa, assim
como a autonomia judicial e jurídica.
No ano 10 Da Hégira, quando o Profeta Muhammad (que a
Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele)
foi a Makkah em peregrinação (Peregrinação
da Despedida) encontrou lá 140.000 muçulmanos,
vindos das mais diversas regiões da Arábia, para
cumprir a sua obrigação religiosa.
Pronunciou para eles o que se tornou o seu célebre sermão,
no qual resumiu os seus ensinamentos:
''A crença no Deus Único, sem imagens ou símbolos,
a igualdade de todos os fiéis, sem distinção
de raça ou classe, a superioridade dos indivíduos
derivando unicamente da devoção, a santidade da
vida, da propriedade e da honra, a abolição da
usura, das vinganças e da justiça particular;
o tratamento melhor para as mulheres, a noção
da possibilidade de acumulação de riquezas, a
distribuição obrigatória, dos bens dos
falecidos entre os seus parentes mais próximos de ambos
os sexos, e não a concentração das mesmas
nas mãos de uns poucos, o Alcorão e a conduta
do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), deveriam servir de fundamento à
lei de critérios sadios para todos os aspectos da vida
humana.''
Ao voltar para Madina, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), caiu doente; e algumas semanas mais
tarde, quando exalou o seu último suspiro, o fez com
a satisfação de que havia cumprido a altura a
tarefa que tinha empreendido; a de pregar ao mundo a mensagem
de Deus, o Islam.
Ele legou toda a posteridade uma religião de puro monoteísmo;
criou um estado disciplinado, a partir do caos que existia e
trouxe a paz, para substituir a guerra de todos contra todos;
estabeleceu um equilíbrio harmônico entre os assuntos
espirituais e os temporais, entre a Mesquita e a cidade; deixou
um novo sistema de leis, que distribuiu a justiça imparcial,
à qual até o chefe de estado estava tão
sujeito quanto qualquer plebeu, e na qual a tolerância
religiosa era tanta, que os habitantes não muçulmanos
dos países muçulmanos, desfrutavam igualmente
de total autonomia judicial e cultural.
Em matéria de receitas dos Estado, estabeleceu os princípios
orçamentários e se preocupou mais com os pobres
do que com os demais, as receitas foram ressalvadas terminantemente,
de vira ser transformadas em propriedades particular do chefe
de estado, acima de tudo, o Profeta Muhammad (que a Paz e a
Bênção de Deus estejam sobre ele) deixou
um exemplo nobre, pela prática integral de tudo o que
ensinava aos outros.
12-A
PEREGRINAÇÃO DA DESPEDIDA
Quando
o mês de Ramadan chegou, em 632, Muhammad resolveu, ele
mesmo, dirigir o cerimonial da peregrinação. Ele
saiu de Medina em 20 de fevereiro de 632, em direção
a Makkah, seguido por uma imensa multidão de fiéis,
alguns a pé e outros montados em camelos, numa fila que
se perdia no horizonte.
A última peregrinação de Muhammad é
de uma importância fundamental para todos os muçulmanos.
Tudo o que ele fez nessa ocasião histórica foi
posteriormente incorporado ao ritual que é seguido até
os dias atuais. O seu sermão também é um
legado para toda a humanidade, uma vez que trata de questões
éticas e morais que devem nortear o comportamento dos
seres humanos, independente de raça, cor, credo.
Ele discursou para a multidão reunida e entre os vários
pontos enfatizados estão os de que não se deve
mentir, roubar, trair, cometer adultério, ingerir drogas,
explorar quem quer que seja, isto é, os mesmos princípios
morais trazidos por todos os mensageiros de Deus que o antecederam.
Disse ainda a todos que a vida e a propriedade de todo muçulmano
são responsabilidades sagradas; que não causassem
dano a ninguém e que ninguém lhes causasse danos.
E que a partir daquele momento não deveria haver exploração
econômica e nem a prática da usura e sim a cooperação
entre todos. Também disse que as mulheres deveriam ser
tratadas com bondade, pois Deus as tinha confiado a seus maridos;
que os homens tinham certos direitos sobre elas, mas que elas
também tinham certos direitos sobre os homens.
É uma via de duas mãos. Um complementa o outro,
ao invés de serem adversários. Todo muçulmano
é irmão de todos os muçulmanos. O orgulho
da raça ou das origens era perverso e deveria ser abolido.
Ele também ensinou que toda a humanidade veio de Adão
e Eva e que não há preferência de um árabe
sobre um não árabe, ou de um não árabe
sobre um árabe; de um negro sobre um branco ou de um
branco sobre um negro. O melhor entre todos é o mais
piedoso, o mais temente e o que é o melhor em caráter.
Também disse que não viria outro apóstolo
ou mensageiro depois dele e que havia deixado para os muçulmanos
e para toda a humanidade, duas coisas, e que quem as seguisse
jamais se desviaria: o Alcorão e a Sunnah.
Pediu a seus seguidores que levassem esta mensagem a todas as
pessoas da terra. E assim eles o fizeram, percorrendo o mundo,
principalmente como mercadores, professores, como pessoas que
chegavam para partilhar sua experiência religiosa. E o
Islam se espalhou pelo mundo, mais pela força do exemplo,
da tolerância do que pela força da espada.
Cada detalhe do ritual foi indicado pelo Profeta, o ritual de
atirar as pedras, o sacrifício de animais em Mina, as
voltas em torno da Kaaba e a vestimenta especial do peregrino.
Ao final de seu sermão, Muhammad disse aos presentes,
"eu não disse a vocês o que fazer e que completei
minha missão?" Todos responderam em voz alta "Sim,
por Deus que você o fez". A seguir, ele levantou
os olhos para o céu e disse "Deus, dou o meu testemunho".
Por fim, ele se despediu dos peregrinos e voltou para Medina.
Nunca mais ele veria Meca de novo. Essa peregrinação
de Muhammad passou para a história muçulmana como
a Peregrinação da Despedida.
13-O
ÚLTIMO SERMÃO DO PROFETA MUHAMMAD
Após
louvar e agradecer a Deus, ele disse:
"Ó gentes, ouvi-me atentamente porque não
sei se estarei entre vós depois deste ano. Portanto,
ouvi o que tenho a dizer com muita atenção e levai
essas palavras àqueles que não puderam estar presentes
aqui, hoje.
Ó
gentes, da mesma forma que guardai este mês, este dia,
esta cidade como sagrados, respeitai também a vida e
propriedade de todo muçulmano, como uma responsabilidade
sagrada. Devolvei os bens que vos foram confiados aos seus legítimos
donos. Não feri ninguém porque assim ninguém
vos ferirá. Lembrem-se de que verdadeiramente vós
vos encontrareis com o vosso Senhor e que Ele ajustará
as contas. Deus proibiu a usura (juros), portanto, todas as
obrigações decorrentes de juros devem ser postas
de lado. Vosso capital, no entanto, cabe a vós mantê-lo.
Jamais imponhais e nem sofreis qualquer espécie de iniquidade.
Deus sentenciou que não haverá juros e que todos
os juros devidos a Abbas ibn 'Abd'al Muttalib (tio de Muhammad)
serão anulados.
Cuidado
com Satanás, para segurança de vossa religião.
Ele perdeu toda a esperança de que pudesse desviar-vos
das grandes coisas, portanto, cuidado para não segui-lo
nas pequenas.
Ó gentes, é verdade que vós tendes certos
direitos em relação a vossas mulheres, mas elas
também têm direitos sobre vós. Lembrai-vos
de que vós as tomastes por esposas na confiança
de Allah e com a Sua permissão. Se elas forem fiéis
então a elas pertence o direito de serem alimentadas
e vestidas com bondade. Tratai suas mulheres bem e sejai gentis
com elas porque elas são vossas parceiras e auxiliares
comprometidas. E é vosso direito que elas não
façam amizade com quem não aproveis, e que elas
jamais sejam impuras.
Ó
gentes, levai-me a sério, adorai Allah, fazei as cinco
preces diárias (salat), jejuai no mês de Ramadan
e distribui de vossos bens em Zakat. Fazei o Hajj (peregrinação)
desde que possível.
Toda a humanidade provém de Adão e Eva, um árabe
não é superior a um não árabe, nem
um não árabe é superior a um árabe;
o branco também não é superior ao negro,
nem o negro tem qualquer superioridade sobre o branco, exceto
quanto à justiça e aos bons atos. Sabei que todo
muçulmano é um irmão de todo muçulmano
e que os muçulmanos constituem uma irmandade. Nada que
pertença ao irmão muçulmano é lícito
para outro muçulmano, a menos que seja dado livremente
e de boa vontade. Portanto, não praticai a injustiça
entre vocês.
Lembrai-vos de que um dia vós estareis diante de Deus
e respondereis por vossos atos. Portanto, cuidado, não
vos desvieis do caminho da justiça depois que eu tiver
partido.
Ó gentes, nenhum profeta ou apóstolo virá
depois de mim e nem surgirá uma nova fé. Raciocinai
bem e compreendei as palavras que vos estou transmitindo. Deixo-vos
duas coisas, o Alcorão e o meu exemplo, as sunnas, e
se seguirdes esses dois, jamais vos desviareis.
Todos que me ouvem deverão difundir minhas palavras para
os outros, e estes para outros, e assim por diante, e que o
último que as ouvir possa compreender minhas palavras
melhor do que aqueles que agora me ouvem diretamente. Sede minha
testemunha, ó Deus, de que eu transmiti Vossa mensagem
ao Vosso povo."
A Morte de Muhammad (saws) Em maio de 632, depois da Peregrinação
da Despedida, Muhammad (saws)recrutou os homens para uma expedição
à Síria. Um dado curioso dessa expedição
é que Usama, filho de Zaid ibn Haritha, foi indicado
o comandante, embora ele só tivesse 20 anos e nenhuma
experiência de comando. A indicação provocou
uma grande crítica, especialmente entre os veteranos
mais experimentados, que se viram substituídos por um
rapaz imberbe. Não há registros a respeito dos
resultados dessa expedição. Ibn Ishaq tem uma
nota curta onde relata o fato de que eles fizeram alguns prisioneiros
num porto, provavelmente do mar Vermelho.
Certa
noite de junho de 632, Muhammad (saws)chamou um de seus libertos
e lhe disse que Allah (swt) tinha ordenado ir ao cemitério
e rezar pelos mortos. Acompanhado deste homem, ele saiu e quando
estava entre os túmulos, dirigiu-se aos mortos:
"Que a paz esteja com vocês, ó povo dos túmulos.
Felizes são vocês porque estão muito melhor
do que os homens daqui. As divergências chegaram como
ondas de escuridão, uma após a outra, sendo a
última pior do que a primeira."
Quando
ele acabou de rezar, chamou seu liberto e voltou para casa.
Na manhã seguinte, sentiu uma violenta dor de cabeça.
Ele tentou visitar suas esposas, indo a casa de cada uma delas,
mas desmaiou na casa de Maimuna. As mulheres se reuniram em
volta dele e lhe deram permissão para que, durante sua
doença, ele fosse cuidado na casa de Aisha.
Devagar
os homens estavam terminando os preparativos para se juntarem
à expedição de Usama, ainda ressentidos
com a indicação dele. Muhammad (saws)(saws), no
entanto, estava forte o suficiente para realizar a cerimônia
de apresentação de Usama com a bandeira de guerra,
um ritual introduzido pela primeira vez por Qusai.
Então,
ele amarrou um lenço em volta de sua cabeça para
acalmar a dor que incomodava muito e fez um esforço para
entrar na mesquita para as preces. A partida da expedição
de Usama foi retardada, tendo em vista do estado de saúde
de Muhammad (saws). Ele estava com muita febre. Não conseguindo
dirigir as preces públicas, pediu a Abu Bakr que o substituísse.
Certa vez, na ausência de Abu Bakr, Omar ibn al Khattab
foi quem dirigiu as preces. Ao reconhecer a voz de Omar, pois
a porta do quarto de Aisha dava diretamente para a mesquita,
ele gritou de sua cama, "não, não, somente
Abu Bakr." Talvez ele quisesse enfatizar o respeito que
tinha por Abu Bakr como o mais velho.
Algumas
de suas esposas se reuniram com outras mulheres e decidiram
forçá-lo a tomar um remédio. Muhammad (saws)perguntou-lhes
porque elas estavam agindo assim e elas disseram que estavam
com receio de que pudesse ser pleurisia. Mas ele respondeu que
Allah (swt) não o afligiria com uma doença tão
diabólica.
Na
verdade, à luz dos modernos conhecimentos, parece provável
que Muhammad (saws) tenha morrido de pneumonia. Talvez ele tivesse
se resfriado quando saiu para rezar no cemitério, pois
na manhã seguinte ele acordou com uma terrível
dor de cabeça e a partir daí sua febre não
baixou mais. No décimo dia de sua doença, a febre
atingiu seu ponto mais alto, ele ficou parcialmente consciente
e seu corpo estava atormentado pela dor. Então, na manhã
seguinte, quando Abu Bakr estava dirigindo a prece, a porta
do quarto de Aisha rapidamente se abriu e Muhammad (saws) apareceu
sorrindo no pátio da mesquita. Ele acenou para os fiéis
para que continuassem a prece e se sentou no chão para
descanssar.
Quando
as preces acabaram, Abu Bakr se aproximou dizendo feliz "ó
Apóstolo de Allah (swt), vejo que hoje você está
gozando das bênçãos de Allah (swt), como
todos nós queremos." Achando que Muhammad (saws)(saws)
estava recuperado, ele pediu para visitar sua família,
que vivia do outro lado do oásis.
Muhammad
(saws)voltou para sua cama, deitou-se com a cabeça no
peito de Aisha. Limpou seus dentes energicamente e voltou a
deitar-se. De repente, Aisha percebeu que sua cabeça
tinha ficado mais pesada. "Senhor, conceda-me o perdão",
disse ele. Seus olhos ficaram fixos. O mensageiro de Allah (swt)
tinha ido encontrar-se com seu Senhor.
14-O
Último Profeta de Deus Para Humanidade
A crença dos muçulmanos de que o Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele), é o último Profeta de Deus, foi mal entendida
por muitos povos, pelo que merece ser explicada.
Esta crença, em caso algum quer dizer que Deus fechou
as portas da Sua Misericórdia ou se ausentou, não
impõe restrição à ascensão
das grandes personalidades religiosas, nem limita o aparecimento
dos grandes líderes espirituais, ou que obstrua a evolução
dos grandes homens piedosos.
Nem quer dizer que Deus preferiu os árabes, dos quais
o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), foi o escolhido; Deus não
é partidário de qualquer raça, povo ou
geração e a porta de Sua Graça está
sempre aberta e sempre acessível aos que a procuram.
Ele fala ao ser humano por qualquer destas formas:
1ª- Por inspiração que ocorre na forma de
sugestões ou idéias colocadas por Deus nos corações
e pensamentos dos seres humanos que são piedosos;
2ª- Por detrás de um véu que aparece na forma
de visões quando aquele que está qualificado para
as receber está acordado ou num estado de transe;
3ª- Através do Mensageiro celestial, Gabriel (que
a Paz esteja com Ele), que foi mandado a terra com palavras
Divinas concretas para transmitir ao escolhido mensageiro humano,
está última forma é a mais elevada e aquela
em que o Alcorão foi transmitido ao Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele), está confinada só aos Profetas, dos quais
o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), foi o último e o selo.
Há outros pontos específicos os quais mostram
porque o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), é o último profeta
de Deus para toda a humanidade.
1º- O Alcorão declara em palavras inequívocas
que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), é enviado a todos os seres
humanos como Apóstolo de Deus, a Quem pertence o domínio
dos céus e da terra.
Diz Deus no Alcorão:
''Dize: Ó humanos, sou o Mensageiro de Deus, para todos
vós; Seu é o reino dos céus e da terra.
Não há mais divindade além d`Ele. Ele é
Quem dá a vida e a morte! Crede, pois, em Deus e em Seu
Mensageiro, o Profeta iletrado, que crê em Deus e nas
Suas palavras; segui-o, para que vos encaminheis.'' (7ª
Surata, versículo 158)
Também estabelece que o Profeta Muhammad (que a Paz e
a Bênção de Deus estejam sobre ele), foi
enviado só como uma graça de deus a todas as criaturas
, humanas e não humanas, igualmente.
Diz Deus no Alcorão:
''E não te enviamos, senão como misericórdia
para a humanidade.'' (21ª Surata, versículo 107)
E disse ainda:
''Em verdade, Muhammad não é o pai de nenhum de
vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o postermo dos
Profetas; sabei que Deus é Onisciente.'' (33ª Surata,
versículo 40)
O Alcorão é a palavra de Deus , e tudo o que diz
é a verdade de Deus que todos os muçulmanos defendem
e em que todos os seres humanos devem refletir.
A mensagem do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), não é simplesmente
um renascimento nacional ou um monopólio racial ou uma
entrega temporária à escravidão e opressão.
Nem foi uma mudança abrupta ou uma reversão de
tendências da história, a mensagem do Profeta Muhammad
(que a paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele), foi e certamente que ainda é, um renascimento universal,
uma benção comum, uma herança para toda
a humanidade e uma entrega espiritual duradoura.
É uma continuação que evolui de mensagens
prévias e uma bem balançada incorporação
de todas as revelações anteriores.
Transcende todas as limitações de raça,
cor, e caracteres regionais, é dirigida a humanidade
de todos os tempos e é precisamente o que o ser humano
precisa, assim, um muçulmano acredita que o Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele), é o último Profeta porque o Alcorão
nos dá o testemunho verdadeiro disso e porque a mensagem
do Profeta tem as mais alta qualidade de uma fé verdadeiramente
universal e concludente.
2º- O próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), declarou que era o último
Profeta de Deus, um muçulmano, ou qualquer outro, sobre
este assunto não pode duvidar da verdade desta revelação,
durante a sua vida, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), foi conhecido como o mais verdadeiro,
honesto e modesto.
A sua integridade e a sua verdade estiveram fora de dúvida
não só nas visões dos muçulmanos,
mas também nas mentes dos seus oponentes mais aguerridos,
o seu caráter, os seus conhecimentos espirituais, e as
suas reformas na sociedade, não tiveram paralelo em toda
a história da humanidade.
E resta saber se a história pode produzir alguma coisa
igual ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), ele disse que era o último
Profeta, porque está foi a verdade de Deus, e não
porque ele quisesse qualquer glória pessoal ou visto
nisso ganhos pessoais.
A vitória não alterou a sua conduta, o triunfo
não enfraqueceu a suas excelentes virtudes, e a força
não corrompeu o seu caráter, ele foi incorruptível,
consistente e inacessível a qualquer noção
de ganho pessoal ou glória, as suas palavras espalhavam
deslumbrante luz de sabedoria e verdade.
3º- O Profeta Muhammad (que A paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), foi o único Profeta que cumpriu
a sua missão e completou o seu trabalho em levar a palavra
de Deus aos seres humano em vida, antes de morrer, o Alcorão
expressou que a religião de Deus tinha sido aperfeiçoada,
o favor de Deus aos crentes tinha sido completo e a verdade
da revelação tinha sido guardada e será
preservada com toda a segurança, quando o Profeta Muhammad
(Que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele) faleceu, a religião do Islam foi completada e a
comunidade muçulmana crente, ficou bem estabelecida.
O Alcorão foi registrado durante a sua vida e preservado
na sua total e original versão, todas estas idéias,
de que a religião de Deus, tanto no conceito como na
aplicação, e que o Reino de Deus tinham sido estabelecidos
aqui na terra, foram completadas por Muhammad (que a Paz e Bênção
de Deus estejam sobre ele).
A missão do Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção
de Deus estejam sobre ele), o seu exemplo e os seus conhecimentos
provaram o ponto de vista de que o reino de Deus não
é um ideal que não se possa atingir ou alguma
coisa só do outro mundo, mas é alguma coisa deste
mundo também, alguma coisa que existiu e floresceu no
tempo do Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção
de Deus estejam sobre ele), e pode existir e florescer em qualquer
época enquanto houver crentes sinceros e homens de fé.
4º- A ordem de Deus de que o Profeta Muhammad (que a Paz
e a Bênção de Deus estejam sobre ele), é
o último Profeta é baseada na original e pura
autenticidade do Alcorão, nos concludentes e únicos
conhecimentos do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), na universalidade do Islam, e na
aplicabilidade dos ensinamentos do Alcorão Sagrado para
todas as situações, todas as idades e todos os
homens.
Esta é a religião que transcende todas as fronteiras
e consegue penetrar, apesar de todas as barreiras de raça,
cor idioma, idade e estatutos de opulência ou prestígio,
é a religião que assegura a todos os seres humanos,
igualdade, fraternidade, liberdade, dignidade, paz, honra, guia
e salvação.
Esta é a essência pura da religião de Deus,
Louvado Seja, e a forma de ajuda que Ele na Sua Misericórdia
sempre estendeu ao ser humano desde o início da história.
Com o Profeta Muhammad (que a paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele) e o Alcorão Sagrado, culminou
a evolução religiosa, no entanto, não significa
o fim da história, ou que terminou a necessidade humana
do guia divino, isto é só o início de uma
nova aproximação, a inauguração
de uma nova era, na qual o homem foi suficientemente provido
de encaminhamento Divino e de exemplos práticos de que
necessitava.
Este divino guia esta contido no Alcorão Sagrado, como
a mais autêntica e incorruptível revelação
de Deus, e estes exemplos são encontrados na personalidade
do Profeta Muhammad (SWAS).
5º- Deus ordenou que o Profeta Muhammad (que a Paz e a
Bênção de Deus estejam sobre ele), deverá
ser o último Profeta , contudo, esta Divina ordem foi
uma antecipação dos grandes acontecimentos históricos
que se seguiram, proclamou boas notícias para os seres
humanos que deveria entrar em um novo grau de maturidade intelectual
e elevação espiritual e que deveria ter de fazer
ele próprio, sem novos profetas ou novas revelações,
ajudado pelos ricos legados dos Profetas e as revelações,
tais como as encontradas no Profeta Muhammad (que a Paz e a
Bênção de Deus estejam sobre ele), e seus
predecessores.
Foi em antecipação deste fato que as culturas,
raças e regiões de todo o mundo se tornaram mais
fechadas aos outros que o gênero humano poderia fazer
bem com uma religião universal na qual Deus ocupa a Sua
reta posição e o ser humano se sinta realizado.
Foi um testemunho solene para o grande papel que os conhecimentos
avançados e os sérios compromissos intelectuais
influenciaram em termos de levar o ser humano até Deus,
é a verdade que o ser humano pode combinar os seus conhecimentos
avançados e o seu forte potencial intelectual com os
ensinamentos morais e adaptar-se as Leis de Deus.
A história da ascensão dos Profetas acabou com
o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), para dar ao ser humano a evidência
de que ele pode amadurecer na sua iniciativa própria,
para dar à ciência uma oportunidade para funcionar
devidamente e explicar o vasto domínio de Deus, e dar
a mente humana uma oportunidade para refletir e aprofundar.
A natureza do Islam é tal que tem uma grande flexibilidade
e praticabilidade e pode resolver qualquer situação,
a natureza do Alcorão é sem duvida universal,
sempre reveladora e segura o seu encaminhamento, a natureza
da mensagem do Profeta Muhammad (que a paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele) é tal que é dirigida
a todos os seres humanos e a todas as gerações.
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), não foi meramente um líder
racial ou um libertador nacional, ele foi, e ainda é,
um homem da história e o modelo daquele que procura Deus,
nele todos os exemplos podem encontrar alguma coisa para aprender,
exemplos excelentes de bondade e piedade para serem seguidos.
15-Cronologia
Datas e locais importantes na vida do Profeta Muhammad (saws)(S.A.A.S.)
569 Morte do pai, `Abdullah.
570 Nascimento: Meca.
570 Fracasso do ataque abissínio sobre Meca.
576 Morte da mãe.
578 Morte do avô.
583 Viagens à Síria.
595 Conhece e casa com Khadija.
610 Início da revelação do Alcorão
Sagrado: Meca.
610 Apresenta-se como Profeta: Meca.
613 Começa a pregar publicamente a sua mensagem: Meca.
614 Começa a reunir seguidores: Meca.
615 Emigração de muçulmanos para a Abissínia.
616 O clã de Banu Hashim inicia boicote econômico.
618 Guerra civil medinense: Medina.
619 Termina o boicote dos Banu Hashim.
620 Isra e Miraj.
622 Emigra para Medina (Hijra).
624 Batalha de Badr.
625 Batalha de Uhud.
628 Batalha da Trincheira.
628 Tratado de Hudaybiyya.
628 Conquista acesso ao santuário da Kaaba.
628 Conquista do oásis de Khaybar.
629 Primeira peregrinação.
630 Entra em Meca, conquistando-a pacificamente.
630 Batalha de Hunayn.
630 Cerco de al-Taif.
630 Estabelece uma teocracia: Meca.
631 Ganha os corações de quase toda a Arábia.
632 Peregrinação de despedida.
632 Falecimento: Medina.